Numa nota publicada nas redes sociais, a SAD do Feirense “congratula-se com a decisão do tribunal em relação à providência cautelar” interposta por aquela sociedade e que lhe permite voltar a aceder e utilizar o Complexo Desportivo dos fogaceiros e o Estádio Marcolino Castro.
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No passado mês de junho, o clube barrou o acesso ao Estádio Marcolino Castro e ao Complexo Desportivo Rodrigo Nunes às equipas da SAD (sénior, sub-19 e sub-18), alegando uma dívida de cerca de 700 mil euros acumulada pela entidade que gere o futebol profissional desde 2018.
O caso chegou aos tribunais por iniciativa da SAD, que interpôs uma providência cautelar para reverter a decisão do clube. Esta semana, as duas partes chegaram a um acordo que permitiu o levantamento da proibição das equipas da SAD em acederem às instalações do clube.
Deste modo, os sub-18 e sub-19 vão disputar os jogos do próximo fim de semana no Complexo Desportivo Rodrigo Nunes, enquanto a equipa principal regressará ao Estádio Marcolino Castro a 1 de outubro para defrontar o Paços de Ferreira, para a Liga 2. Nas duas primeiras partidas para o campeonato na condição de visitado, o Feirense recebeu o Penafiel em Oliveira de Azeméis e o Santa Clara no Estádio do Bessa, no Porto.
“Acreditamos, desde a primeira hora, que as nossas equipas de futebol tinham legitimidade de utilizarem o Estádio Marcolino Castro e o Complexo Desportivo Feirense”, escreve a SAD fogaceira numa publicação partilhada nas redes sociais, na qual fala em “três meses difíceis e sem as condições que os profissionais merecem”.
“Os associados e adeptos do CD Feirense foram privados de ver a sua equipa disputar jogos de preparação no Estádio Marcolino Castro, assim como dois jogos oficiais”, prossegue a entidade que gere o futebol profissional fogaceiro, que garante ter tentado “todas as formas de diálogo” com o clube para solucionar o problema.
“Porque, inexplicavelmente, não se chegava a um entendimento, fomos forçados a recorrer à via judicial. Com a mediação de um tribunal, o clube aceitou o acordo que lhe tinha sido proposto no dia em que anunciaram o fecho de portas às equipas desta sociedade - 14 de junho”, referem os responsáveis pela SAD, que, “para não alimentar mais discussões no universo feirense que em nada abona a favor do nosso clube”, só voltarão a abordar o tema “quando for proferida uma decisão final na ação judicial”.
De recordar que, numa sessão de esclarecimento aos sócios e adeptos do clube, Rodrigo Nunes, presidente do Feirense, revelou que o clube entende serem-lhe devidos “629 mil euros da SAD”, valor que terá aceitado “acertar para os 400 mil euros” numa reunião com a entidade que gere o futebol profissional dos fogaceiros. No entanto, as duas partes não chegaram a acordo nessa ocasião.