Chances de o atual treinador ficar são escassas. Dissolução do vínculo assinado antes das eleições é primordial. Segue-se a sucessão técnica
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A dissolução de forma pacífica do contrato assinado a dois dias das eleições no clube entre Sérgio Conceição e o presidente cessante Pinto da Costa é a aposta primordial da SAD liderada por André Villas-Boas. A SAD está empenhada numa saída pacífica do treinador que nas últimas sete épocas dirigiu o F. C. Porto e cujo contributo nos 11 troféus conquistados nesse período já reconheceu.
Os acontecimentos dos últimos dias baixaram as chances de Sérgio Conceição continuar no F. C. Porto. As duas partes mantêm-se em contacto, hoje estão previstas mais conversações, mas para já não há conclusões.
Segundo o JN apurou, os contactos entre os representantes de ambas as partes têm sido sobretudo direcionados no sentido de ultrapassar a questão relacionada com a assinatura do contrato, a dois dias das eleições, entre Pinto da Costa e Sérgio Conceição. Só depois de uma definição deste assunto e com a provável saída do treinador que tem vínculo até 2028, a SAD avançará para o dossiê da sucessão técnica, com o até aqui adjunto Vítor Bruno no topo das preferências.
Sinais de perplexidade
Enquanto a SAD tenta acelerar a questão do treinador, reina alguma perplexidade pelo clima de guerrilha entre Sérgio Conceição e Vítor Bruno.
Ao JN, Isidoro Sousa, ex-presidente do Olhanense, clube que em 2011/12 foi orientado por Sérgio Conceição e tendo Vítor Bruno como um dos adjuntos, vaticina o que pode acontecer: “Percebo que o Sérgio está de saída e que o Vítor é uma hipótese e boa alternativa para o cargo de treinador principal”, realça.
Já para Carlos Tê, conhecido adepto do F. C. Porto, a discussão que tem marcado a atualidade no seio portista é anormal: “Olho para tudo isto com alguma perplexidade. Era tudo o que o novo presidente não precisava”, frisa, ao JN.
“Tenho orgulho que ambos tenham estado no Olhanense e que o Sérgio tenha começado aqui. Respeito-os muito e espero que reine o entendimento”, acrescenta Isidoro Sousa.
“A subida de um adjunto a técnico principal devia ser pacífica e bem aceite. Se não é, faz-me suspeitar que há outras questões. Espero resoluções rapidamente”, conclui Carlos Tê.