Samu, da infância conturbada até virar o herói das bancadas do Dragão
Samu vive tempos de fulgor no F. C. Porto, mas a história nem sempre foi assim. O passado do avançado espanhol, de 20 anos, está marcado por dificuldades e uma luta heróica, auxiliado, em grandes doses, por uma mãe guerreira que o próprio faz questão de honrar através do apelido Aghehowa.
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Uma das primeiras contratações da era André Villas-Boas gerou alguma admiração, mas, aos poucos, confirma todo o potencial que alguns auguravam. São já sete golos em outros tantos jogos, colocando, aliás, a Europa com os olhos postos no jovem avançado. No entanto, a história de Samu não é feita de rosas. De refugiado ao sacrifício de uma mãe, cada golo, cada êxito, carrega em si o sangue e o suor de um passado de muita luta.
Há pouco mais de duas décadas, Edith Aghehowa deixou a Nigéria, país natal, com o intuito de fugir aos problemas e dar uma vida cómoda ao filho que transportava no ventre. Para tal cruzou o Golfo da Guiné, atravessando a fronteira para Melilla, zona autónoma espanhola no norte de Marrocos, onde ficaria por um certo período num centro de acolhimento de refugiados. Por lá nasceu o pequeno Samu, em honra ao "nome da Bíblia", após uma jornada em que julgou que o "bebé nunca chegaria a nascer", tal como relatou à Movistar, canal televisivo espanhol.