O presidente do emblema de São João da Madeira, Luís Vargas Cruz, fala em "pensamento racional" para explicar a venda, ao Braga, dos 10% que o clube detinha do passe de David Carmo por 950 mil euros.
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Em comunicado, a Sanjoanense confirmou o negócio com a SAD bracarense, após ter "resistindo sucessivamente a várias propostas", sendo que o valor total a receber pelo clube de São João da Madeira ascende a 993 mil euros, após o pagamento, por parte do F. C. Porto, de 43 mil euros relativos ao mecanismo de solidariedade.
"Se não se concretizasse este acordo, a Sanjoanense só receberia o valor líquido da transferência e somente 120 dias após a última prestação paga pelo F. C. Porto ao SC Braga (daqui a cerca de 4 anos)", explica Luís Vargas Cruz, num longo comunicado em que foca a situação financeira do clube.
Em 13 anos, a Sanjoanense baixou o passivo de 1,5 milhões de euros para 400 mil euros. Os valores a receber do negócio de David Carmo permitirão "renegociar e praticamente eliminar o passivo" até 2024, ano em que o clube comemora o seu centenário, e ainda "investir nas suas infraestruturas".
David Carmo jogou apenas uma época pela Sanjoanense, quando era juvenil. Quando se mudou para Braga, o clube do distrito de Aveiro ficou com 10% dos direitos económicos, após dedução de encargos e custas, de uma futura transferência.
A transferência de David Carmo para o F. C. Porto fez-se por 20 milhões de euros, mais 2,25 milhões em objetivos, com os dragões a amortizarem o valor durante os próximos quatro anos.