Sob orientação de um investidor brasileiro, o Santa Clara sofreu melhorias de fundo e tem mais projetos. O quarto lugar no campeonato não é fruto do acaso. Conheça a fundo o que está a mudar no clube açoriano que na época passada estava na Liga 2.
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A questão é: que nome dar ao milagre? De um lado, os que se inclinam por “Milagre de Santa Clara”, mantendo-o mais ou menos abstrato, místico; do outro, os que lhe dão uma cara, mais concretude, e o nomeiam “Milagre de Bruno Vicintin”. Do que ninguém duvida é que se trata realmente de um milagre. Recém-promovido, graças a uma grande época na Liga 2, coroada com o título de campeão - o segundo na história do clube -, o Santa Clara é a equipa-sensação da Liga, apenas atrás dos três grandes e à frente de Braga e V. Guimarães. Ocupa o quarto lugar, ganhou sete das 11 jornadas disputadas e tem mais 11 pontos do que o AVS e mais 13 do que o Nacional, as outras equipas que subiram ao escalão maior na época passada. Este “milagre”, contudo, tem explicação.
O Santa Clara de hoje não é totalmente diferente do Santa Clara de há três anos, mas quase. Resiste-lhe o nome, a história. De resto, até o símbolo é diferente. Isto à superfície. Olha-se mais a fundo e o que emerge é uma espécie de revolução iniciada depois de o brasileiro Bruno Vicintin - sim, o milagreiro - se tornar acionista maioritário. “Antes, quase nem tínhamos posto médico”, conta uma fonte do clube ao JN.