O clube do concelho de Marco de Canaveses pede castigos severos, face aos incidentes verificados nesta quarta-feira no jogo da Taça da Associação de Futebol do Porto com os gondomarenses, interrompido, alegadamente por o árbitro ter sido agredido.
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O São Lourenço do Douro considera que o jogo desta quarta-feira, frente ao São Pedro da Cova, foi interrompido devido a desacatos "alheios ao clube". A partida, a contar para a Taça da Associação de Futebol do Porto, foi suspensa aos 60 minutos, devido a uma alegada agressão de Vítor Catão, presidente do emblema do concelho de Gondomar, ao árbitro Ricardo Carriço.
"Pedimos que este tipo de atitudes sejam severamente castigadas e que estas pessoas que incentivam a violência e estragam o verdadeiro futebol sejam irradiadas de uma vez por todas", afirmou o São Lourenço do Douro, nesta quinta-feira, em comunicado.
O jogo não teve policiamento, facto alegadamente alheio ao clube de Marco de Canaveses, que argumentou que a segurança do encontro foi assegurada segundo as diretrizes da AF Porto e "seguindo exatamente à risca tudo o que foi solicitado", através da presença de quatro assistentes de recinto desportivo.
Nesta quinta-feira, Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), partilhou, na rede social no Facebook, um vídeo de uma agressão ao árbitro, incidente que o JN divulgou. A agressão aconteceu na sequência da expulsão de Vítor Catão, presidente do São Pedro da Cova. O jogo foi interrompido cerca dos 60 minutos, por o árbitro ter sentido que as condições de segurança não estavam reunidas para a continuidade do encontro.
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Tudo terá começado quando a equipa do Marco de Canaveses fez o primeiro golo - que foi o único devido à interrupção do encontro -, aos 60 minutos, lance que motivou o descontentamento da equipa gondomarense. O presidente do S. Pedro da Cova teceu duras críticas à arbitragem, o que levou o árbitro Ricardo Carriço a exibir o cartão vermelho ao dirigente. Segundo o JN apurou, a agressão terá acontecido pouco depois, tendo o "juiz" da partida sido transportado de ambulância para um hospital.
Na reação ao sucedido, Luciano Gonçalves não esteve com meias-palavras. "Os 'animais' continuam à solta. É vergonhoso o que estamos a deixar fazer ao futebol de base, a passividade e impunidade das instituições desportivas e dos tribunais é gritante e revoltante", criticou.
"Estou corado de vergonha, por fazer parte e estar de mãos e pés atados. Até quando? Vamos ficar TODOS com as mãos manchadas de sangue !!!", pode ainda ler-se.