O Benfica sofreu uma humilhante derrota frente ao F. C. Porto, um dos maiores rivais, e confirmou a má fase. Os alicerces tremeram e algumas perguntas poderão surgir. Há futuro para Roger Schmidt? O quão importante é o próximo jogo? Nesse sentido, o JN ouviu algumas personalidades do universo benfiquista.
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Foi uma semana para esquecer no reino encarnado. Se duas derrotas já seriam difíceis de engolir, o cenário torna-se bem mais nubloso quando se tratam de dois rivais internos. Primeiro contra o Sporting, por 2-1, em Alvalade, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Três dias depois, ainda com as feridas por sarar, um humilhante 5-0 no Dragão, perante o F. C. Porto. Este último desaire, a contar para o campeonato, valeu a perda do primeiro posto na competição, estatuto que pertence agora aos leões, contabilizando mais um ponto que as águias e menos um jogo.
"Não estou obviamente a acusar ninguém, mas há um desfasamento qualquer entre o treinador e a equipa, que é uma sombra daquilo que foi o ano passado. Ontem [domingo], o Benfica perdeu de forma indiscutível no Porto", começa por referir António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF e adepto benfiquista, sinalizando, num pequeno exercício, alguns dos aspetos que têm falhado relativamente à época transata. "Tenho uma opinião de treinador de bancada (risos). O Benfica continua a não ter laterais. As possíveis alterações não estão a dar resultado. Não tenho nada contra o Aursnes e o Morato, até se têm adaptado bem, mas não se equivale àquilo que nós tínhamos. Até hoje não conseguimos ninguém para colmatar a falta do Grimaldo. O Kokçu, por exemplo, não joga na sua posição natural. Tudo isto está a funcionar de uma forma errada. Falta alegria no jogo do Benfica", analisou.