Luiz Felipe Scolari, selecionador do Brasil, diz que não se demite, mas que coloca o lugar à disposição do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, conforme tinha sido combinado antes do Mundial.
Corpo do artigo
"Quem tem de decidir se continuo no cargo é o presidente da CBF (José Maria Marín). Acordámos que eu poria o lugar à disposição depois do Mundial2014, quer ganhasse quer perdesse e assim será" disse Luís Felipe Scolari, na conferência de imprensa após a derrota, 3-0, com a Holanda.
"Agora, vou apresentar um relatório à CBF sobre aquilo que, em minha opinião, determinou o fracasso do Brasil neste Mundial, organizado em casa, e deixarei nas mãos dos responsáveis da CBF sobre a minha continuidade ou não. Se eu gostaria de continuar? Não é assunto que discuto com jornalistas", acrescentou o selecionador , que levou o Brasil ao quarto lugar da geral.
"Penso que o torneio foi excelente, quer no aspeto organizativo, quer desportivo. A seleção não esteve bem na parte final da competição, mas conseguimos o quarto lugar e não podemos deixar de elogiar os nossos jogadores e a forma como jogaram, apesar de terem perdido", sustentou Scolari.
"Continuo a manter a opinião de que não jogámos mal em termos gerais, mas, em futebol, às vezes basta um minuto para mudar um resultado. Com a Alemanha, bastaram alguns minutos para precipitar o desastre", argumentou o selecionador do Brasil.
"Mesmo com a Holanda, houve outro minuto, o do primeiro golo, em que a defesa se desorganizou e cedeu um penálti que colocou o nosso adversário na frente do marcador", disse Scolari, defendendo o trabalho realizado.
"Nos Mundiais de 2006 e 2010, o Brasil não ficou entre os quatro primeiros. Desta vez ficou. Além disso, esta equipa ganhou a Taça das Confederações há um ano", sustentou Scolari. Como selecionador é a terceira vez que estou em campeonatos do mundo e que termino nos quatro primeiros, duas vezes pelo Brasil e uma vez com Portugal (campeão com a "canarinha" em 2002 e quarto com Portugal, em 2006, e com o Brasil, em 2014)".