“Se não acreditarmos na vitória, mais vale nem aparecer”, diz treinador do Tirsense
Emanuel Simões reconhece o favoritismo do Benfica na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, mas garante uma equipa motivada, humilde e pronta para explorar as fragilidades do adversário. “O jogo só acaba aos 90 minutos”, avisa.
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O Tirsense vive esta quarta-feira um dos maiores momentos da sua história, ao receber o Benfica na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. O jogo realiza-se em Barcelos, casa emprestada para a ocasião, e o treinador Emanuel Simões garante uma equipa motivada para enfrentar o gigante lisboeta.
“Vamos jogar contra, apenas e só, a melhor equipa em Portugal neste momento. Sabemos as dificuldades que vamos ter, mas também sabemos o que nos trouxe até aqui: sermos uma equipa viva, unida, que chegou até aqui por mérito próprio”, destacou o técnico na antevisão.
O respeito por Bruno Lage e pela estrutura encarnada é evidente, mas não retira ao Tirsense a ambição de tentar surpreender. “O Benfica é fortíssimo. Há dois dias demonstrou isso no Dragão. É uma equipa muito completa, fisicamente poderosa, com qualidade coletiva e individual. Mas isto é futebol. O jogo só acaba aos 90 minutos”, afirmou.
Simões reconhece que as hipóteses são reduzidas, mas insiste numa abordagem estratégica. “Se for preciso defender com sete em linha, vamos fazê-lo. Mas não podemos ir só para defender. Também não podemos cair na tentação de dividir o jogo no um para um, porque aí não temos hipótese. Temos de ser inteligentes, perceber onde o Benfica é menos forte e tentar explorar isso”, explicou.
Com a manutenção assegurada no Campeonato de Portugal, o foco total está agora na Taça. “Queremos mostrar que há boas equipas neste escalão e que o Tirsense está vivo. Esta é uma oportunidade para mostrar trabalho, para representar com dignidade todos os clubes do Campeonato de Portugal".
Sobre o facto de o jogo não se disputar no Abel Alves de Figueiredo, o técnico vê o lado positivo: “O nosso relvado está em muito más condições. Num campo como o de Barcelos, temos melhores condições para jogar. Se fosse num campo pesado, o Benfica, com a força física que tem, tirava ainda mais vantagem.”
Simões, que já enfrentou o Sporting numa eliminatória da Taça quando treinava o Vizela, recorreu à memória de outras surpresas para motivar os seus jogadores: “Já vimos o Gondomar ganhar na Luz. Isto é a Taça. Se não acreditarmos, mais vale nem aparecer".