Mundiais são a primeira prova global realizadas sob o signo da invasão em curso no leste europeu.
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O conflito militar provocado pela tentativa de anexação da Ucrânia por parte da Rússia, que abalou o planeta nas duas últimas semanas, também vai marcar os Mundiais de Belgrado, que serão a primeira competição desportiva à escala global desde que a invasão ordenada por Vladimir Putin começou.
A Federação Internacional de Atletismo decidiu proibir a presença de atletas russos e, do lado ucraniano, depois de ter sido ponderada a desistência, a representação ficou limitada a seis participantes: Anna Plotitsyna (60 metros barreiras), Marina Romanchuk (salto em comprimento/triplo salto), Yaroslava Maguchikh (salto em altura), Iryna Herashchenko (salto em altura), Yana Gladiychuk (vara) e Yulia Loban (pentatlo).
"Numa situação de guerra no país, a participação de ucranianos nestas competições é especialmente valiosa. Os atletas são, agora, enviados da diplomacia dos povos no mundo", disse, há dois dias, Iolanta Hropach, secretária-geral da Federação Ucraniana de Atletismo, explicando que a participação só é possível graças ao apoio da associação europeia da modalidade, de uma marca de artigos desportivos e da federação polaca, que assegurará a deslocação dos seis atletas para Varsóvia, bem como o alojamento em hotéis da capital da Polónia, antes da viagem para a Sérvia.
Quinteto em Leiria
Antes dos Mundiais de pista coberta de Belgrado, realiza-se este fim-de-semana a Taça da Europa de Lançamentos, em Leiria, numa competição que também contará com a presença de atletas ucranianos. A federação do país inscreveu na competição Iryna Klymets (martelo), Alyona Shut (martelo), Daria Garkusha (disco, no escalão de sub-23), Olena Khamaza (martelo, sub-23) e Mykhailo Kokhan (martelo).