A seleção portuguesa de sub-20 voltou esta segunda-feira a comprometer defensivamente frente à Coreia do Sul, com a qual empatou a dois golos, em jogo da segunda jornada do grupo B do Mundial da categoria.
Corpo do artigo
Quatro golos sofridos em dois jogos frente à Nigéria, na primeira jornada, e à Coreia do Sul atestam o mau desempenho de uma equipa que possui bons valores individuais do meio-campo para a frente, mas que é desequilibrada e permissiva defensivamente.
Outro aspeto negativo que ressaltou da exibição lusa foi a atitude da equipa quando se apanhou em vantagem no marcador, ao eximir-se da responsabilidade de ter iniciativa, deixando o jogo adormecer, e ao permitir que o adversário crescesse e pressionasse.
Portugal começou o jogo praticamente a vencer, com um golo de Aladje, de cabeça, logo aos três minutos, na sequência de um pontapé de canto batido por João Mário, mas não tardou a deixar perceber grandes dificuldades na suas saídas para o ataque, pela lentidão e pela dificuldade em circular a bola.
De resto, essas dificuldades contrastavam com a maior fluidez de jogo dos coreanos, que chegaram ao empate em cima do intervalo com toda a justiça, por Ryu Seungwoo, após um toque de cabeça disparatado de Edgar Ié.
Na segunda parte, Portugal entrou a impor mais velocidade e agressividade às transições ofensivas, a equipa cresceu, teve mais posse de bola e estendeu o seu jogo até à área coreana. Parecia embalada para uma vitória relativamente tranquila.
A troca de André Gomes, que está nitidamente com falta de ritmo competitivo, por Tó Zé, também ajudou a essa melhoria.
Em consequência disso, Portugal chegou com toda a naturalidade ao segundo golo, aos 60 minutos, num lance em que o talento individual de Bruma fez a diferença, mas a vantagem no marcador voltou a fazer mal à seleção, que permitiu que os coreanos reassumissem o comando da partida.
Por isso, não surpreendeu que a Coreia restabelecesse o empate, aos 76 minutos, por Kim Hyun, e só a partir daí é que Portugal voltou a mostrar vontade de ganhar o jogo, mas já foi tarde, apesar de uma boa oportunidade desperdiçada por Bruma e de um pontapé à barra desferido por Tó Zé.