Coreia do Sul, de Paulo Bento, vence a equipa das quinas com um golo aos 90+1 minutos e apura-se. Portugal mantém o primeiro lugar.
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As mexidas de Fernando Santos no onze não deram frutos e Portugal perdeu nas compensações, por 2-1, frente à Coreia do Sul, mantendo, porém, o primeiro lugar no Grupo H, devido à vitória do Uruguai diante do Gana. Ainda assim, foram os asiáticos e não os sul-americanos a seguir para os oitavos de final, classificados no segundo lugar, um prémio justo para Paulo Bento. Já Fernando Santos pagou caro a aposta nas escolhas iniciais e, principalmente, nas substituições. A saída de Vitinha, um dos melhores em campo, na reta final, desequilibrou a equipa e, apesar da Coreia do Sul ter mostrado limitações técnicas, bastou-lhe um lance bem sucedido de contra-ataque para ter uma noite feliz.
O golo a abrir o jogo, da autoria de Ricardo Horta, após bom cruzamento de Diogo Dalot, acabou por não fazer bem a Portugal. Em vez de pegar na partida, a seleção partilhou-a com os coreanos, um presente que agradeceram. A equipa das quinas, sempre comandada por Vitinha, teve um ou outro lance de perigo, mas mostrou-se demasiado amorfa e o primeiro golo coreano foi um forte aviso: um ressalto nas costas de Ronaldo foi aproveitado na perfeição por Young-gwon.
As dificuldades em campo não eram apenas coletivas, João Mário foi incapaz de aproveitar a oportunidade e Ricardo Horta quase se eclipsou após o golo madrugador. Por seu lado, Matheus Nunes, outra aposta do selecionador, necessita de outro estilo de jogo, com a bola no pé, para fazer a diferença.
A segunda parte trouxe poucas novidades e menos intensidade por parte de Portugal. Mais interessados em resolver individualmente a partida, a seleção não jogou em profundidade e Fernando Santos, cada vez mais inquieto no banco, optou por tirar Cristiano Ronaldo, que esteve pouco eficaz no ataque e não disfarçou o desconforto quando foi substituído. O recém-entrado Rafael Leão perdeu demasiadas bolas e Vitinha, que unia o jogo luso, teve ordem de saída e isso refletiu-se no jogo português.
Desesperada por marcar um golo, a Coreia do Sul aproveitou um canto da seleção lusa para, num contra-ataque, selar a vitória. Apesar de estar rodeado por três portugueses, Son Heung-min arranjou espaço e serviu Hwang Hee-chan para um golo histórico. Um lance que expôs ao ridículo a defesa de Fernando Santos e que lançou um forte alerta para os oitavos de final. Apesar de ter sido um jogo quase a feijões para Portugal há erros que custam a engolir.
A subir
Vitinha encheu o campo, deu velocidade e arranjou espaços. Inexplicável a razão de só se ter estreado ao terceiro jogo. Na defesa, Dalot fez uma exibição sólida.
Menos
Cristiano Ronaldo fez um mau jogo, nada lhe correu bem e foi pouco eficaz no ataque. O capitão parece nervoso. João Mário nada acrescentou à equipa.
Árbitro
Prestação com poucos erros do árbitro, sem ter influência no resultado, e o VAR ajudou nas decisões mais difíceis.