Seleção feminina do Canadá manchada por casos de assédio sexual, espionagem e álcool
Investigação do jornal "The Globe and Mail" relata uma série de casos e polémicas na seleção feminina do Canadá.
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De acordo com uma investigação conduzida pelo jornal "The Globe and Mail", a seleção canadiana de futebol feminino está envolvida numa enorme polémica que envolve espionagem, jogos de sexo e álcool. Segundo esta publicação, vários relatos anónimos dão conta de alegadas festas nas quais Beverly Priestman, antiga selecionadora, participava com outros membros no staff e utilizavam brinquedos sexuais. Outros dizem que foram obrigados a responder a questões de teor sexual nos momentos de maior descontração, ao mesmo tempo que consumiam bebidas alcóolicas.
O mesmo jornal escreve ainda que Jasmine Mander, contratada para ser analista de performance, intimidou elementos da seleção feminina, ao ponto de ter sido acusada de assédio sexual e de criar mau ambiente. Além disso, sete treinadores e antigos analistas acusam a antiga selecionadora Bev Priestman de "promoverem a vitória a todo o custo", acrescentando que houve quem pedisse a demissão após se recusarem a espiarem o adversário.
Um dos casos de espionagem mais badalados aconteceu antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, quando um drone sobrevoou o relvado onde estava a treinar a seleção da Nova Zelândia. Mais tarde, soube-se que o aparelho estava a ser monotorizado pela seleção canadiana, o que motivou a suspensão de dirigentes. Agora, soube-se que esse episódio era apenas a ponta de um enorme icebergue, cheio de casos e muitas histórias polémicas.