Jogadores portugueses não estão habituados a jogar assim nos clubes. Ausência de compromisso também comprometeu o rendimento.
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A derrota contra a Geórgia surpreendeu tudo e todos. Roberto Martínez fez oito mudanças no onze em relação à vitória sobre a Turquia e regressou ao sistema de três defesas centrais já utilizado contra a Chéquia, onde a equipa também sentiu dificuldades. Com exceção de Gonçalo Inácio e Nélson Semedo, os jogadores da seleção nacional não estão habituados a competir neste sistema, depois do JN ter analisado a forma de jogar das equipas que cederam os futebolistas às quinas.
Dalot, António Silva, Danilo, Inácio e Pedro Neto constituíram a defesa escolhida pelo selecionador nacional para defrontar a Geórgia e, diga-se, o plano não deu certo. O setor mais recuado mostrou dificuldades e o central do Benfica errou por duas vezes nos momentos fulcrais do jogo. Olhando para a convocatória de Roberto Martínez na defesa e no meio-campo, há poucos jogadores que estão rotinados a jogar num sistema com três centrais. Gonçalo Inácio, no Sporting, competiu sempre nesta organização. Nélson Semedo, na época anterior com o Wolverhampton fez poucos jogos neste sistema e num desses encontros até atuou como central do lado direito. Há também o caso de Danilo: embora na época passada, com a chegada de Luis Enrique, o PSG tenha atuado sempre com quatro defesas, já tem experiência de anos anteriores naquela posição.