Comitiva portuguesa chegou a Sevilha e à espera estavam 20 adeptos lusos. Alguns viajaram sem bilhete e vão apoiar à distância.
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Uma "claque" de cerca de 20 portugueses deu ontem as boas-vindas à comitiva da seleção, à entrada para o hotel, onde vai ficar em estágio até esta noite. Apesar do calor intenso, cerca de 30 graus, o grupo gritou pela seleção logo que viu o autocarro, que surgiu escoltado por três carros da guarda civil espanhola. A seleção está isolada dos restantes clientes da unidade hoteleira, devido à covid-19, tendo a torre 1 inteiramente à disposição. À saída do veículo, Cristiano Ronaldo foi o mais aplaudido e retribuiu o carinho com acenos e muitos sorrisos.
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Ao JN, três portugueses confessaram que não têm bilhetes para a partida, mas não hesitaram, ainda assim, em fazer a viagem. "Somos da Lourinhã e quisemos dar o nosso apoio, apesar de ser impossível ir ao estádio. Vamos aproveitar para conhecer Sevilha e, ao mesmo tempo, estar perto da seleção", afirmou, André Cunha, que rejeitou a possibilidade de comprar ingressos no mercado negro: "Os preços são proibitivos. Se fosse a final, era diferente".
O duelo promete ser equilibrado, mas o adepto crê que Portugal chegará aos quartos. "Temos equipa para vencer seja quem for. Prognóstico? 3-1 para Portugal". Por seu lado, Carla Cruz pediu a Fernando Santos para perder o receio. "Meteu a mesma equipa com a Hungria e Alemanha, teve muito medo de apostar em outros jogadores", lamentou.
Além de portugueses, vários espanhóis estiveram também presentes. Isco, de 25 anos, comprou uma camisola da seleção portuguesa para Ronaldo autografar, mas não teve sorte. "Sabia que ia ser difícil, vou tentar na próxima vez. É o meu ídolo desde que tenho 15 anos, até estudo a forma como treina", afirmou.
Maioria chega de carro
No sábado, vários grupos de portugueses foram vistos no centro de Sevilha, mas a grande maioria só chega hoje. O carro é o meio de transporte preferido dos adeptos que vão viajar sobretudo desde Lisboa, do Porto e do Algarve, cuja fronteira está apenas a 150 quilómetros. Cerca de dois mil lusos são esperados nas bancadas e os bilhetes estão esgotados há três dias, sendo que as autoridades desaconselham a viagem a quem não tem ingresso. Apesar de tudo, a Polícia espanhola acredita que muitos adeptos tentarão a sorte no mercado paralelo.