Selecionador de futsal feminino aponta ao título europeu: "Desta vez não vai fugir"
O selecionador português feminino de futsal, Luís Conceição, admitiu, em entrevista à Lusa, estar confiante no título europeu, mostrando-se esperançoso de que "à terceira vai ser de vez".
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"Dia 20 regressamos sempre porque, em último caso, temos de jogar o jogo dos terceiro e quarto lugares, mas queremos é trazer a Taça. Queremos não, vamos trazer a Taça. Desta vez, pela forma como estamos, acho que não vai fugir", atirou Luís Conceição na antevisão ao Campeonato da Europa, que se vai realizar em Debrecen, na Hungria, entre os dias 17 e 19 de março.
Primeiro, a seleção portuguesa feminina de futsal vai ter de ultrapassar a meia-final, marcada para dia 17, às 15 horas, em que vai defrontar a Espanha, "carrasco" na final das duas edições da competição já realizadas.
Em 2019, as portuguesas foram goleadas na final, por 0-4, sendo que, em julho do ano passado, as espanholas voltaram a sair vencedoras, tendo ganho a final nos penáltis (3-3, 4-1 após penáltis). Ambas as fases finais foram disputadas em Gondomar.
Na antecâmara do embate da meia-final, Luís Conceição, que salientou que as duas seleções têm, atualmente, as suas gerações mais fortes, fruto de um misto de experiência e de juventude, desvendou parte da estratégia preparada para eliminar a Espanha.
"Quando não têm a bola, o jogo passa por pressionar muito o adversário e condicionar. Claro que, com isso, vão abrir-se outras 'janelas' que nós vamos tentar explorar, nomeadamente o jogo de pivô e o jogo entre linhas", explicou, destacando a importância das pivôs portuguesas, a quem deixou rasgados elogios pelo contributo que podem vir a ter para contrariar a estratégia espanhola.
"A Janice [Silva] é a melhor pivô do mundo, tanto percebe o jogo se o tiver que esticar para dar profundidade, como se tiver que o encurtar. A Janice e a Lídia [Moreira] fazem-no muito bem. A Carla [Vanessa] é uma jogadora diferente, gosta mais de jogar em profundidade, onde prevalecem as suas características diferentes", disse.
Segundo o técnico, a seleção portuguesa está hoje mais preparada, uma vez que tem características que permitem ter um modelo de jogo rotativo.
"Nós também estamos cada vez mais confortáveis quando temos bola, alternando entre o sistema de 3x1 ou 4x0, e isso tem dado algum conforto", garantiu Luís Conceição.
Caso se qualifique para a final, agendada para dia 19, às 19 horas, a seleção portuguesa vai defrontar o vencedor da outra meia-final, que opõe a formação da casa, a Hungria, à congénere da Ucrânia, numa partida marcada para dia 17, às 18.30 horas.
Sobre um possível adversário na final, o selecionador português considera a Ucrânia "um pouco mais forte do que a Hungria", admitindo, todavia, que a Hungria joga em casa e "isso pode ser um fator importante".
Antes disso, frisou, importa eliminar a Espanha e "vingar" as duas finais perdidas em 2019 e 2022, antes de pensar na final.