O selecionador nacional de andebol, Paulo Pereira, considerou a Islândia, adversária de Portugal na ronda inaugural do Mundial, um "osso duro de roer", dado ser "teoricamente uma das melhores seleções do mundo ao nível do ataque".
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"Em termos ofensivos são muito fortes. Têm dois jogadores do Magdeburgo, o central Gisli Kristiánsson e o lateral direito Ómar Ingi, o Aron Pálmarsson, que jogou no FC Barcelona, e um projeto muito ambicioso", disse, à agência Lusa, Paulo Pereira.
O selecionador refere que, por isso mesmo, Portugal está-se a "preparar bem para entrar bem nesse primeiro jogo", a decorrer na quinta-feira, em Kistianstad, na Suécia. "Se perdemos com a Islândia teremos mais duas opções para lutar pela qualificação para a fase seguinte e continuar em prova", considerou Paulo Pereira, referindo-se aos restantes jogos do Grupo D, com a Coreia do Sul (sábado) e Hungria (16 de janeiro).
Portugal e Islândia repetem o jogo da primeira jornada do Mundial de 2021, que a seleção lusa venceu por 25-23, na caminhada para o histórico 10.º lugar. O selecionador nacional prevê "um jogo também equilibrado" e a "decidir nos detalhes".
A Coreia do Sul, 31.ª classificada na edição de 2021, é o segundo adversário de Portugal no Grupo D, em jogo a decorrer no sábado, mas o selecionador alerta para os perigos que podem constituir as seleções "teoricamente mais acessíveis".
"Temos de ter muito cuidado com todas as seleções. A Coreia do Sul está a recuperar de uma fase menos boa e temos de ter muita atenção", afirmou Paulo Pereira, recordando a medalha de prata dos asiáticos nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
O selecionador abordou ainda os diferentes modelos de jogo dos principais adversários de Portugal no Grupo D, com "a Islândia a finalizar mais próximo da linha dos seis metros" e "a Hungria mais da primeira linha, da zona dos nove metros".
"A Hungria tem coisas muito próximas daquilo que nós fazemos, tal como a Islândia, que tem aspetos de jogo muito similares a nós, mas são equipas, todas elas, completamente diferentes", adiantou o selecionador.
Paulo Pereira traça como objetivo de participação de Portugal no Mundial melhorar o 10.º lugar alcançado em 2021, que é a melhor classificação em quatro edições (1997, 2001, 2003 e 2021).
"A partir do nono lugar já cumprimos o nosso objetivo. Mas, se cumprimos este objetivo, imediatamente vamos estabelecer outro, que passa pelo apuramento para o torneio pré-olímpico [para os Jogos Olímpicos de Paris]", disse o selecionador.