"Força gays!", disse Megan Rapinoe, jogadora da seleção de futebol feminino dos EUA, depois da vitória por 2-1 frente à França, na sexta-feira, em jogo dos quartos de final do campeonato do Mundo, em Paris.
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No fim do encontro, quando lhe perguntaram se o facto de junho ser o mês do "orgulho gay" a motivou ainda mais, disse: "Não se pode ganhar um campeonato sem gays na equipa. Isso nunca foi feito antes. Nunca. É uma ciência".
Megan, de 33 anos, foi a heroína do jogo ao marcar os dois golos da equipa e mostrou-se orgulhosa pelo resultado. "Sou motivada por pessoas que gostam de mim e que estão a lutar pelas mesmas coisas. Ganho mais energia com isso do que a tentar provar a alguém que está errado. Isso é esgotante. Mas para mim, ser gay e fabulosa durante o mês do Orgulho no Mundial é bom", comentou a atleta.
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Com a vitória sobre as anfitriãs, os EUA passaram às meias-finais, onde vão defrontar a Inglaterra, na próxima terça-feira, às 20 horas (em Portugal continental). Mas apesar do sucesso da jogadora e da seleção norte-americana na prova, disputada em França, o humor do presidente Donald Trump não é o melhor. Isto porque Megan Rapinoe afirmou, há uns dias, que não iria "à merda da Casa Branca" caso a equipa vencesse o Mundial.
"Nunca deve desrespeitar o nosso país, a Casa Branca ou a bandeira"
Antes do jogo com a França, Megan pediu às colegas que "pensassem bem" sobre associar-se a Trump, pedindo desculpa por ter dito uma asneira, mas reafirmando que não visitará a Casa Branca se a equipa vencer o campeonato.
O comentário não agradou ao presidente dos EUA, Donald Trump, que reagiu na sua página do Twitter, a pedir respeito pelo país e a avisar que a jogadora deveria "ganhar primeiro antes de falar".
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"A jogadora de futebol feminino Megan Rapinoe acabou de afirmar que 'não vai à merda da Casa Branca se vencermos'. Há equipas que adoram ir à Casa Branca. Sou um grande fã da seleção norte-americana e do futebol feminino, mas Megan devia ganhar antes de falar! Termina o trabalho!", disse Trump.
O líder deixou ainda um aviso. "Ainda não convidamos Megan ou a equipa, mas agora estou a convidar a equipa, caso ganhe ou perca. Megan nunca deve desrespeitar o nosso país, a Casa Branca ou a nossa bandeira, especialmente porque muito tem sido feito por ela e pela equipa. Tem orgulho da bandeira que vestes. Os EUA estão a jogar muito bem!".