Em conferência de imprensa de antevisão à receção ao Antuérpia, nesta segunda-feira, Sérgio Conceição abordou a falta de eficácia e a responsabilidade de “todos os departamentos” dos dragões.
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Na antevisão ao jogo com o Antuérpia, a contar para a quarta jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, Sérgio Conceição refletiu sobre a falta de eficácia da equipa e abordou a "exigência" de todos os departamentos dos dragões, depois de ter deixado implícitas críticas ao departamento médico após a derrota da passada sexta-feira com o Estoril.
"É um jogo de Liga dos Campeões, somos um dos três clubes com mais presenças nesta competição, a maior de clubes do mundo. Para nós, a importância que damos aos jogos é sempre a mesma. Em relação ao jogo em Antuérpia, foi passado. Serve de referência, assim como os três jogos que o Antuérpia fez depois do nosso. Amanhã vai ser um jogo diferente, vão acontecer momentos semelhantes aos que passámos na Bélgica, e cabe-nos levar o jogo para onde queremos e ganhar", começou por dizer o técnico azul e branco.
"Em relação à eficácia, o futebol é simples, é fazer golos na baliza adversária e não sofrer. Sobre o Antuérpia, na 1.ª parte tivemos duas ou três ocasiões claras e não marcámos, na 2.ª fizemos vários e podíamos ter feito mais. O Sp. Braga fez 0 golos na 1.ª parte, na 2.ª com o Portimonense fez 6, praticamente com os mesmos jogadores. A eficácia é o momento. É preciso trabalhar e perceber que estamos a finalizar pouco para o que criamos, e esse é o primeiro passo para o golo aparecer. As vitórias mais tranquilas também vão aparecer”, continuou Sérgio Conceição.
"Departamentos? Sou exigente comigo e depois com os outros departamentos. Falei dos lesionados porque foi aquilo que naquele momento me veio à cabeça, em relação à nossa situação. Mas não era em relação ao Doutor Nélson Puga, ou a quem dirige o departamento de análise e observação ou a comunicação. Essa exigência existe aqui todos os dias. Tornei-a pública e isso é como falar dos jogadores. Eu sei que há coisas que têm de ser ditas no balneário, mas às vezes, por estratégia e liderança, acho que o devo fazer publicamente. Mas isso sou eu e assumo essa responsabilidade. A maior prova é que tive a possibilidade de sair e não saí num ano crítico. A cláusula era paga ao F. C. Porto, mas tenho um grande respeito ao presidente e à instituição. Não é pelo dinheiro que estou aqui", acrescentou o treinador do F. C. Porto.