Equipa portista, com várias alterações no onze, continua na defesa do título na Taça de Portugal, ao vencer por 1-0 em Viseu, mas não se livrou de um bom par de sustos frente a Académico que acreditou até ao último segundo.
Corpo do artigo
Sérgio Conceição tinha avisado e estava carregado de razão. Os adeptos não deviam esperar ópera na visita ao Fontelo e a verdade é que o espetáculo deixou muito a desejar, sobretudo na primeira parte, com a eliminatória a ficar decidida graças à cabeça de uma das surpresas no onze. André Franco marcou o golo solitário na noite fria de Viseu e selou o apuramento do F. C. Porto para as meias-finais, onde vai defrontar o Famalicão. Desde que chegou à Invicta, o técnico azul e branco chegou sempre a esta fase da prova rainha.
Talvez com o clássico do próximo domingo, em Alvalade frente ao Sporting, em mente, o técnico apostou em quatro jogadores que raramente são titulares - Bernardo Folha, André Franco, Namaso e Toni Martínez, além de Cláudio Ramos, o habitual dono da baliza na Taça -, mas mais do que a mudança nas peças de xadrez o que faltou foi intensidade que costuma pintar o futebol azul e branco. Aproveitou o Viseu para mostrar a razão pela qual é uma das equipas mais fortes da Liga 2. Logo a abrir, Ott lançou a velocidade de Quizera e apenas saída corajosa de Cláudio Ramos impediu a festa dos viriatos.
O F. C. Porto demorou quase meia hora para encontrar a baliza de Gril, e sem especial perigo, enquanto no outro extremo Toro chegou ligeiramente atrasado ao remate cruzado de Clóvis, no momento mais emocionante de 45 minutos absolutamente gelados.
Sempre mais pressionante, o Académico de Viseu pagou bem caro a única distração dos seus centrais. Aos 50 minutos, e com a marcação em cima de Toni Martínez e Namaso, ninguém deu pela presença de André Franco que, de cabeça, desviou o excelente cruzamento de Uribe para o fundo das redes.
Pouco depois, João Mário deu espaço a Namaso, mas Gril impediu a festa do inglês e, a partir daí, a formação viseense tudo fez na procura do empate e do prolongamento. Mas a verdade é que raramente conseguiu desmontar a linha defensiva do rival e é o dragão que continua na defesa do troféu da Taça de Portugal.
POSITIVO
Uribe e Pepê foram, de muito longe, os melhores do F. C. Porto, embora André Franco e Namaso tenham subido de nível na segunda parte, Os centrais do Académico e Ott bem lutaram por outro resultado.
NEGATIVO
Bernardo Folha voltou a ser titular, mas não aproveitou a chance, o mesmo se aplicando a Toni Martínez, que esteve desaparecido em combate. Quizera levou Jorge Costa ao desespero.
ÁRBITRO
Sem lances especialmente complicados para decidir nas áreas, Gustavo Correia controlou bem o encontro, embora com algumas falhas na gestão disciplinar.