Eram quatro, agora são só dois... Silvino Louro, Rui Faria, Baltemar Brito e André Villas-Boas faziam parte da mobília de José Mourinho no F. C. Porto e no Chelsea, mas agora só os dois primeiros o acompanham no Real Madrid. Antes do início da aventura no Dragão, na hora de estreia no Benfica, era Mozer o adjunto principal do treinador de Setúbal.
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Silvino, como treinador de guarda-redes, e Rui Faria, com o duplo papel de adjunto e preparador-físico, são os “sobreviventes” de uma equipa fortíssima, à qual nada parecia escapar. Baltemar Brito não acompanhou Mourinho na passagem para o Inter, depois de o ter feito quando o “special one” assinou pelo Chelsea, e Villas-Boas interrompeu as funções de observador de adversários a meio da segunda época em Itália, para abraçar uma carreira de treinador com que vinha sonhando nos últimos anos, e que já o levou a transformar-se no mais jovem técnico de sempre do F. C. Porto, depois de uma estreia segura na Académica, até agora com óptimos resultados.
Nas equipas técnicas que comandou, no Chelsea, no Inter e agora no Real Madrid, José Mourinho também incluiu sempre um adjunto local, muito identificado com o respectivo clube: em Londres, o escolhido foi o escocês Steve Clarke (jogou 11 anos na equipa de Stamford Bridge, entre 1987 e 1998); em Milão, a opção recaiu em Giuseppe Baresi (jogador dos “nerazzurri” entre 1977 e 1992); em Madrid, o eleito foi o basco Aitor Karanka (alinhou durante cinco anos na equipa “merengue, entre 1997 e 2002, tendo cumprido o resto da carreira ao serviço do Atlético de Bilbau).
Mourinho e os adjuntos, sobretudo os portugueses, sempre tiveram uma relação que extravasa os aspectos profissionais. No Chelsea, por exemplo, era mais do que comum ver o “special one” partilhar muitos momentos pessoais com Silvino, Rui Faria, Baltemar Brito e Villas-Boas. Não eram os Beatles, mas também formaram um quarteto de sucesso...