Águias reagem à crise, com vitória convincente e golos bonitos. Marcar cedo ajuda a serenar e a protagonizar a melhor exibição na era Nélson Veríssimo
Corpo do artigo
O Benfica passou em Tondela e voltou aos triunfos, correspondendo ao apelo do presidente Rui Costa após o desaire da última jornada com o Gil Vicente, a pedir maior empenho geral. Os jogadores reagiram com uma vitória indiscutível, salpicada com golos de classe, embora com alguma intermitência à mistura.
Os encarnados alcançaram a vitória do costume em Tondela (sétima visita, sétimo êxito), que lhes permitiram consolidar o terceiro lugar e dar uma sapatada na crise, frente a um adversário que não conseguiu contrariar a melhor exibição das águias na era Nélson Veríssimo, mantendo-se em posição incómoda na tabela.
Com o técnico do Benfica a promover três alterações no onze (Lázaro, Rafa e Darwin voltaram à titularidade em detrimento de André Almeida, Diogo Gonçalves e Meité), a equipa assumiu cedo o domínio do jogo, contudo, mais do que uma exibição convincente, sobressaíram os bonitos golos que, antes do intervalo, colocaram os encarnados a vencer por 2-0. Primeiro, numa combinação com Grimaldo, Everton desfez o nulo e a seguir Darwin assinou um golaço, num remate em arco, indefensável.
Se se juntar aos golos uma perdida de Darwin, logo no início do jogo e duas bolas enviadas ao ferro, por Everton e Darwin, a supremacia do Benfica foi mais do que evidente em toda a primeira parte, enquanto o Tondela teve um golo bem anulado a Boselli, por fora de jogo de Salvador Agra, quando ainda havia 0-0.
O terceiro golo, apontado pouco depois do recomeço, numa boa execução de Gonçalo Ramos, e a expulsão de Neto Borges, por acumulação de cartões amarelos, sentenciaram o jogo. Ainda assim, perto do fim, o Tondela teve direito a tento de honra, num canto concluído por Eduardo Quaresma. A noite acabava em ambiente de alívio entre as águias. Falta é saber se foi um êxito circunstancial ou para ter continuidade.
Mais:
Everton é quem mais lucrou com a saída de Jesus: mais um golo e duas assistências. Golaço de Darwin, no momento top do jogo. Boa segunda parte de Gonçalo Ramos.
Menos:
Tondela justificou o estatuto de defesa mais batida da Liga, a que só escapou o guarda-redes. Valentino Lázaro muito vulnerável e Rafa distante dos melhores dias.
Árbitro
Bem anulado o golo ao Tondela, por fora de jogo de Agra (20 m). Queda na área de Daniel dos Anjos (42 m) era motivo para penálti. Neto Borges foi bem expulso.
Veja o resumo do jogo:
https://jn.vsports.pt/embd/74192/m/9071/jn/e9a7207f7348c07e3202378c61615eb1?autostart=false