Avançado argelino ex-Sporting, agora ao serviço do Brest, acusou Johan Gastien, capitão do Clermont, de insultos xenófobos
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Tudo decorreu na partida da Liga francesa deste domingo, referente à 12.ª jornada, em que o Brest venceu em casa do Clermont por 3-1. Islam Slimani, após o apito final, explicou o porquê de ter demonstrado descontentamento ao quarto árbitro durante a partida.
"O mais importante foi vencer, mas é grave nos dias de hoje seres tratado como um porco. Tenho orgulho nas minhas origens, em ser argelino. Não é qualquer um que pode sê-lo. Aqui, na liga francesa, com todas as câmaras que temos, seres insultado desta forma, é algo grave. Não sou maluco. Sei o que ouvi. Estas coisas não me afetam, mas é algo grave de se ouvir", disse o antigo avançado do Sporting, após a partida.
Na zona mista, Gastien defendeu-se e garante não ter dito tais palavras a Slimani, acusando o argelino de o ameaçar dentro do campo. "Nunca na minha vida diria tal coisa. O problema é que nesta história quem passa por idiota sou eu. Sei o que disse, os meus colegas também sabem o que aconteceu. Sou totalmente contra o racismo. Irrita-me. E ainda para mais vindo de alguém que te deseja mal no terreno de jogo e que diz que te quer destruir, irrita-me. Não são apenas pessoas inteligentes ali dentro... É uma pena vindo de alguém que já tem 500 jogos profissionais", explicou, na zona mista.
O técnico interino do Brest, Bruno Grougi, saiu em defesa do seu jogador. "Joguei com o Johan, não creio que ele seja capaz de dizer tais coisas. Mas não quero dizer nada sobre o meu jogador até ouvir as gravações".