Segunda parte de superação e sem amarras no plano futebolístico e mental ainda fez sonhar o Benfica. Esperança caiu com o golo do avançado colombiano ex-F. C. Porto, que também assistiu
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O Benfica caiu (1-3) perante o Liverpool, na Luz, e anulou praticamente as possibilidades de lutar por um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões. Perante uma das equipas mais poderosas da atualidade, os encarnados sentiram na pele essa diferença, principalmente na primeira parte, onde além da distância da qualidade futebolística também terão venerado demasiado o adversário. Na segunda parte, mais corajosos, solidários e sem a prisão mental do respeito pelas camisolas, os encarnados passaram a lutar fisicamente pela posse de bola e incomodaram os ingleses. Reentraram na discussão com o golo de Darwin, estiveram perto do empate e só caíram com o sopro de Luis Díaz, ex-atacante do F. C. Porto, que com esse golo apagou a luz do duelo.
O Benfica aceitou a superioridade e concedeu a iniciativa aos ingleses, que apostaram inicialmente no jogo direto para as setas mais adiantadas - Salah, Díaz e Mané. A mira demorou um pouco a afinar, num conjunto que geriu a bola de forma ponderada à espera de uma aberta para desequilibrar.
O onze de Veríssimo não conseguiu parar o jogo milimétrico e versátil dos "reds", mesmo que a um ritmo lento. A formação inglesa acentuou a pressão e o domínio de forma tranquila perante um Benfica totalmente aprisionado. Konaté abriu a vantagem que Vlachodimos já negara a Salah.
As águias esboçaram uma reação e Everton levou a bola à rede lateral, mas os britânicos tornaram a fechar o cerco e impuseram a sua lei. Mané ampliou a vantagem com simplicidade perante uma águia subordinada e com pouco rasgo.
No regresso do balneário, o Benfica deu a ideia de desejar correr riscos e lutar com outra atitude. Num desses duelos, Darwin aproveitou uma falha de Konaté para incendiar a Luz. O tento concedeu uma injeção de moral e energia à equipa, num estádio que também se transformou.
Com mais coração e sangue quente, os encarnados viram Alisson negar o empate a Everton. A esperança de um destino diferente manteve-se durante a segunda parte - Gil Manzano terá errado ao não sancionar uma falta de Van Djik sobre Darwin - e só se desvaneceu quando Luis Díaz sentenciou o jogo e, ao que tudo indica, a eliminatória.
Sinal Mais: Darwin voltou a marcar e Vlachodimos venceu vários duelos. Luis Díaz deu a estocada final e ainda assinou uma assistência para Mané
Sinal Menos: Everton falhou na marcação a Konaté, no primeiro golo, e desperdiçou o empate. O francês foi displicente no lance do tento encarnado
Árbitro: Permitiu o contacto físico, mas errou, tal como o VAR, num lance de Van Djik sobre Darwin na área