O Sporting vai recorrer para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol da decisão do Conselho de Disciplina , que esta sexta-feira confirmou a presença do F.C. Porto nas meias-finais da Taça da Liga.
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"O Sporting Clube de Portugal, além do seu direito de indignação, vai utilizar o seu direito de recurso, como última tentativa de verificar que a Federação Portuguesa de Futebol, assim como os seus responsáveis, vão, de uma vez por todas, intervir por forma a devolver a dignidade e a credibilidade que esta instituição, respetivos órgãos, e o futebol português, merecem", lê-se em comunicado da administração da SAD "leonina".
Unânime quanto à ausência de dolo, o órgão federativo decidiu, com um voto de vencido entre os cinco conselheiros, punir o F.C. Porto com uma repreensão e uma multa de 383 euros pelo atraso no encontro com o Marítimo, da terceira jornada do Grupo B da Taça da Liga, a 25 de janeiro.
"Esta decisão vem confirmar que a verdade desportiva não é uma preocupação de muitos órgãos que tutelam o futebol português, neste caso na Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Com esta decisão assistimos a uma eternização de um 'status quo' que impede o futebol nacional de refletir verdade, rigor e transparência", lê-se no comunicado do Sporting.
O clube acrescenta que "utilizará todos os meios disponíveis para não deixar passar impunes todos aqueles que, ao invés de servirem o futebol português, se servem do mesmo".
"Cada vez é mais evidente para todos, a necessidade urgente de promover as alterações preconizadas pelo Sporting Clube de Portugal. Sem as mesmas, todos temos de continuar a viver, constantemente em vergonha, enganados por aqueles que apenas na mentira conseguem sucesso", conclui a nota.
De acordo com o artigo 36.º do Regimento do Conselho de Justiça, este recurso terá efeito suspensivo da decisão do Conselho de Disciplina (CD), não estando definido um prazo para órgão tomar uma decisão final.
A alínea a) daquele artigo refere que o recurso tem efeito suspensivo "quando da decisão do recurso fique dependente o prosseguimento de um clube em provas a eliminar", enquanto a alínea b) define a suspensão "quando da decisão do recurso fique dependente a qualificação para uma prova de competência ou a manutenção em prova que se encontre a disputar".
Em causa está o atraso de dois minutos do jogo em que F.C. Porto venceu o Marítimo (3-2) com uma grande penalidade no período de compensação (90+4), que garantiu o apuramento dos "azuis e brancos" para as meias-finais, em detrimento do Sporting, segundo classificado do grupo, em igualdade pontual, mas com menos golos marcados.
O Sporting defende que o F.C. Porto atrasou o seu encontro de forma voluntária e com intenção de prejudicar os "leões", que jogavam à mesma hora com o Penafiel, e por isso defendia a punição doas "azuis e brancos" com derrota naquela partida.
Na meia-final, inicialmente agendada para 13 de fevereiro, o F.C. Porto deferá enfrentar o Benfica. O Rio Ave está qualificado para a final, depois de ter batido o Sporting de Braga, por 2-1.