Argelino refuta acusações de não se aplicar nos treinos, uma conduta reincidente, antes da visita ao F. C. Porto.
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O avançado Slimani corre o sério risco de não voltar a ser utilizado nesta temporada, depois de ter protagonizado mais um alegado episódio de indisciplina no seio do grupo dos leões, antes do jogo com o F. C. Porto, para a Taça de Portugal, no Dragão. Tal como tinha sucedido antes do duelo com o Tondela, não treinou no máximo da suas capacidades - dados que foram registados pelo GPS -, o que provocou a fúria em Ruben Amorim. "Não acredito que o Sporting ganhe sem todos remarem para o mesmo lado. Prefiro perder o meu emprego a arriscar, em situações como esta do Slimani", afirmou, após o duelo com os portistas.
Palavras muito pesadas, que foram contrariadas ontem por Slimani, num texto curto que o argelino publicou nas redes sociais: "Sem beber e sem comer, mas sempre treinei arduamente pelo meu clube e ninguém pode tirar-me isso". O avançado referia-se ao facto de estar a cumprir o Ramadão, que o obriga a jejum entre o nascer e o pôr do sol. No entanto, negou a acusação de que não se dedica a 100 % nos treinos.
A direção liderada por Frederico Varandas colocou-se neste episódio ao lado de Ruben Amorim e todos os cenários estão em cima da mesa, inclusivamente a saída de Slimani no verão.
Por ser reincidente, Slimani colocou-se numa situação muito difícil e pode ser afastado, em definitivo, da competição, nas quatro jornadas que restam para o fim do campeonato. Ruben Amorim tem a palavra, mas a dureza do discurso do técnico não deixa espaço para uma segunda interpretação: não quer qualquer influência negativa no ambiente de trabalho dos leões, que, até à chegada de Slimani, nunca lhe mereceu reparos.
Contratado em janeiro a custo zero, após rescindir contrato com os franceses do Lyon, o avançado, de 33 anos, assinou por temporada e meia. Foi o regresso a Alvalade, depois de ter representado os leões entre 2013 e 2016. Em 12 jogos, marcou quatro golos e fez uma assistência, o que mereceu elogios de Amorim. O técnico protegeu também publicamente o avançado quando a Argélia foi eliminada na corrida para o Mundial 2022, afirmando que tinha de ser acarinhado.