Sporting não junta campeonato e Taça, na mesma época, desde 2002, e busca o sétimo registo. Benfica lidera nas conquistas em dose dupla e nas finais com o rival.
Corpo do artigo
É o tudo ou nada, hoje à tarde, no Estádio do Jamor. O Sporting quer somar o título de campeão nacional ao da Taça de Portugal, para garantir a dobradinha, frente ao Benfica, que, frustrado com o segundo lugar na Liga, acalenta a ambição de assegurar o mal menor, a conquista da prova rainha. À semelhança dos dérbis desta temporada, não há favoritos. Os leões estão com o moral em alta, depois do título nacional, mas os festejos desta semana foram cansativos. O Benfica encontra-se no plano oposto: desiludido com o desfecho no campeonato, o plantel focou-se unicamente na final e na possível revanche diante do conjunto que lhe roubou o título.
Depois de garantir o bicampeonato, feito que não atingia há 71 anos, o Sporting vira-se agora para outra meta, a dobradinha, que foge há 23 anos. Em 2001/02, além do título, festejou a conquista da Taça de Portugal, frente ao Leixões, por 1-0 (golo de Mário Jardel), com Laszlo Boloni no banco. Foi a sexta da sua história, registo que está aquém do Benfica (11 dobradinhas) e F. C. Porto (nove). A última vez das águias foi em 2016/17, que coincidiu com a última ocasião em que conquistou a Taça de Portugal, já a dos dragões ocorreu, sob a liderança de Sérgio Conceição, há três anos.
A história dos dérbis é muito rica e está preenchida de jogos decisivos, não só na Taça de Portugal, como na Taça da Liga e na Supertaça. No que diz respeito a finais, entre estas três competições, o Benfica está à frente: em 13, conquistou nove troféus. Olhando somente para a prova rainha, não há também margem para dúvidas – os encarnados ganharam seis das oito finais, frente ao Sporting, em 1952, 1955, 1970, 1972, 1987 e 1996, e os leões em 1971 e 1974, portanto há 51 anos!
Apesar da menor pedalada histórica, frente às águias o Sporting tem argumentos de ouro no Jamor. Desde logo, Viktor Gyokeres, o melhor avançado desde Jardel. O internacional sueco contabiliza 53 golos em 51 jogos, nesta época, e pretende dizer adeus ao clube com a conquista de mais um troféu. O Benfica não tem individualidades com o peso do nórdico, mas Angel Di María, também em dia de despedida, quer abandonar o clube com o único troféu que lhe falta em Portugal.
Leandro Barreiro e St. Juste saltam para os onzes iniciais
Em comparação com o dérbi de há duas semanas, que ajudou a definir as contas do campeonato, estão previstas três alterações nas equipas iniciais. No Benfica, muda o guarda-redes, devido à rotação promovida por Bruno Lage na Taça de Portugal, e há, igualmente, uma alteração no meio-campo, devido a lesão. Na baliza, Samuel Soares entra para o lugar de Trubin e Leandro Barreiro é o favorito para substituir Aursnes (problema muscular), jogando ao lado de Florentino e de Kokçu. Já no Sporting, Diomande, magoado na última jornada da Liga diante do Vitória, cede o lugar a St. Juste, no eixo da defesa.