Árbitros utilizarão câmara corporal e adepto irá ver as imagens. Será assinalado canto se o guarda-redes segurar a bola mais de oito segundos.
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Os campeonatos nacionais estão a entrar nas retas finais e as equipas apuradas para o Mundial de Clubes começam já a pensar na estratégia para o torneio, que se disputa entre 14 de junho e 13 de julho, nos Estados Unidos. Entre contratações e o calendário apertado, terá de haver um processo de preparação para um Mundial que irá testar novas tecnologias e regras de arbitragem.
A FIFA anunciou que os árbitros vão utilizar uma câmara corporal durante a partida. O objetivo é oferecer aos adeptos e espetadores ângulos e imagens nunca vistas da ação dentro de campo, ajudando a perceber a intensidade do jogo e a colocar-se, um pouco, no papel de juiz e entender as decisões tomadas. Além disso, as gravações serão utilizadas em futuros cursos de arbitragem, procurando entender melhor o processo de raciocínio do árbitro e, com isso, ensinar de forma mais eficaz. “É uma boa oportunidade para os adeptos terem uma nova experiência. Em termos de perspetiva de imagem e ângulo de visão, é algo nunca visto”, disse o italiano Pierluigi Collina, que preside ao Comité de Arbitragem da FIFA.
Outra nova regra anunciada pelo organismo é relativa aos guarda-redes. De modo a diminuir as perdas de tempo, não poderão segurar a bola por mais de oito segundos. Se o fizerem, será assinalado pontapé de canto, ao invés de livre indireto, como era possível até agora. E por falar em bola, esta também terá tecnologia de ponta para melhorar o jogo. A nova criação da Adidas, a “Precisioshell”, terá um chip interno que auxiliará o VAR na deteção de toques, algo revolucionário na avaliação do fora de jogo. Esta inovação dará ao videoárbitro acesso a dados do posicionamento dos jogadores e da velocidade da jogada, conseguindo, com precisão, entender o momento em que o toque foi dado na bola e ver, quase ao milímetro, se há fora de jogo.
Os direitos televisivos do Mundial de Clubes geraram muita polémica. A 4 de dezembro foi anunciado que a DAZN iria transmitir os jogos, pagando mil milhões de dólares (cerca de 880 milhões de euros). Uma semana depois, a FIFA atribuiu a organização do Mundial 2034 à Arábia Saudita e, a 17 de fevereiro, o fundo deste país comprou 10% da DAZN por… 1000 milhões de dólares.