Tiago Teixeira: ex-adjunto de João Pereira confessa surpresa, frustração e impotência

Em entrevista à TSF, o antigo adjunto de João Pereira diz que não se arrepende de ter aceite o convite, embora reconheça que não "encontrou o melhor contexto para desenvolver a ideia" de jogo.

A equipa técnica, reconhece, tinha a noção de que era importante "ir ganhando" até chegar o jogo com o Benfica, mas confessa que foi "surpreendida" pela saída na semana que antecedeu essa partida. "Era o jogo em que íamos ter os atletas recuperados e iniciar uma semana limpa. Só a partir daí é que poderíamos fazer mais algumas coisas. Antes disso era recuperar e jogar. Não podíamos fazer muito", defende. 

Tiago Teixeira compara "os clubes às empresas", salientando que, "às vezes, não se concorda com as decisões", mas que é "preciso respeitar". "Se [os dirigentes] não estão contentes, tomam decisões para alterar", diz. 

O treinador, que deixou de ser adjunto de João Pereira - entretanto regressou ao comando da equipa B dos leões - rejeita a ideia que a equipa técnica "sentiu desconfiança" por parte dos jogadores e lamenta a falta de sorte. "Às vezes, a bola bate no poste e entra e, outras vezes, vai ao poste e sai. Tivemos jogos em que criamos bastantes oportunidades e não conseguimos ganhar. Não fomos felizes". 

Tiago Teixeira admite que "não estava à espera" da possibilidade de ingressar na equipa principal chegasse naquele momento, mas "não houve qualquer hesitação" no momento de aceitar o convite. "Não podíamos deixar passar a oportunidade", argumenta. 

O técnico mostrou-se "impressionado pela dimensão física e dedicação" de Gyokeres, mas coloca algumas reservas sobre uma potencial venda pelo valor da cláusula de rescisão. "Pela idade que tem [26 anos], não sei se o Gyokeres chegará aos 100 milhões, mas, se calhar, pode acontecer uma transferência por 60/70 milhões", observa.