Tim Henman, ex-top 4 mundial, esteve à conversa com o JN sobre Roland Garros. O britânico acredita que Rafael Nadal continua a ser o favorito a vencer, apesar dos bons momentos que Carlos Alcaraz e Novak Djokovic estão a atravessar.
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Ganhou o primeiro dos seus 10 títulos ATP em 1997, foi quatro vezes finalista em Wimbledon, uma em Roland Garros e outra no US Open, e marcou presença no top 20 mundial durante mais de uma década. Atualmente comentador no Eurosport, Tim Henman é um dos tenistas britânicos mais bem sucedidos de sempre e, em conversa com o JN, revelou que Rafael Nadal continua a ser o grande favorito a vencer Roland Garros.
Como vê o atual momento de Carlos Alcaraz? Considera que é o tenista em melhor forma?
Era difícil chegar a Roland Garros em melhor forma. Tanto mentalmente, tecnicamente, bem como fisicamente. É um dos jogadores mais difíceis de vencer, basta ver os torneios que já ganhou em 2022. O jogo dele está em sintonia, tanto as pancadas de direita como de esquerda. Começa a não cometer erros e o seu serviço tem vindo a melhorar. É, definitivamente, um dos melhores deste ano.
Djokovic teve um regresso difícil, mas parece que está a voltar à melhor forma possível. Conseguirá revalidar o título em Roland Garros?
O Djokovic precisa dos jogos e das vitórias nos torneios. O seu treino tem ido na direção certa e ganhar outro Masters 1000 [Roma] validou o seu progresso. Se o Rafael Nadal estiver a 100% do pé ainda lhe dou uma margem pequena como favorito à vitória. Tanto o Djokovic como o Alcaraz estão muito perto de serem segundos favoritos. São estes os três candidatos à vitória.
Consegue olhar para algum tenista atual e encontrar parecenças à forma como jogava quando foi profissional?
Creio que não, as condições agora são diferentes, os courts eram mais rápidos facilitando o ataque à rede. Se mandasse no ténis por um dia seria esse o meu objetivo, garantir a existência de maior variedade de superfícies, especialmente courts mais rápidos. Isto permitiria o aparecimento de mais jogadores que usam serviço-vólei e um possível choque de estilos com os que jogam essencialmente do fundo do court. Ou seja, condições que iriam possibilitar um maior espetáculo.
João Sousa entra terça-feira em ação
Depois da derrota na final do ATP 250 de Genebra, João Sousa entra em ação em Roland Garros, na terça-feira, para disputar a primeira ronda do quadro principal. Pela frente, o melhor tenista português de sempre vai ter Chun-Hsin Tseng (109.º ATP), de 20 anos, oriundo da fase de qualificação. Em 11 participações no quadro principal do torneio francês, Sousa atingiu apenas quatro vezes a segunda ronda, sendo que nos últimos quatro anos foi eliminado na estreia.
Quem já se despediu do major francês foi Nuno Borges. O maiato, de 25 anos, perdeu no domingo, frente ao russo Karen Kachanov, mas mesmo assim deixou boas indicações naquela que foi a sua estreia no quadro principal de Roland Garros.
Quanto a Rafael Nadal, entrou esta segunda-feira em ação, contra o australiano Jordan Thompson, e não sentiu qualquer dificuldade para vencer, com um triplo 6-2.
Por sua vez, o campeão de 2021, Novak Djokovic, também tem esta segunda-feira o seu primeiro teste, num duelo marcado para a sessão noturna contra o japonês Nishioka.
O segundo Grand Slam do ano decorre até dia 5 de junho e terá transmissão diária nos canais Eurosport.