Avançado do Benfica fintou Sasso e rematou, com a ponta da bota, para o fundo da baliza de Bracali. Foi o momento alto na Luz.
Corpo do artigo
O Benfica venceu o Boavista e repôs a vantagem de cinco pontos sobre o F. C. Porto na liderança. Um triunfo justo da equipa que criou mais oportunidades e revelou um nível superior, mas também sofrido pela competência defensiva e resistência do oponente.
Depois de uma primeira parte em que dominou, mas onde revelou pouca chama, o onze de Roger Schmidt imprimiu outro ritmo e qualidade no segundo tempo. Quebrou a barreira axadrezada, mas sofreu o empate no lance seguinte. Falhou uma penalidade (Bracali esteve soberbo), mas redescobriu o caminho para a vitória, num momento de frieza e serenidade de Gonçalo Ramos. Musa deu depois o xeque-mate.
Os encarnados entraram com tudo e Rafa surgiu perante Bracali, logo no minuto inicial, mas finalizou com pouca crença. As águias mantiveram um jogo de sentido único, desenharam combinações, mas os ataques não atingiram o nível de ameaça real.
Os axadrezados não conseguiram desdobrar-se e pensar nas ações ofensivas, mas mantiveram um plano robusto a defender. Bracali viveu uma primeira parte sem grande sobressalto, à exceção de um voo instintivo que tirou o tento a Gonçalo Ramos. Schmidt lançou Neres para agitar e conceder imprevisibilidade. A águia reentrou com ritmo e dinâmica. O brasileiro pareceu contagiar a equipa, que revelou outra vivacidade e fez o adversário sofrer. A emotividade subiu com lances de VAR na área, Bracali apareceu novamente a salvar as panteras, mas foi impotente perante Gilberto.
As águias terão pensado que o mais difícil já tinha passado, mas enganaram-se, já que, na primeira descida axadrezada, Yusupha empatou, esvaziando o balão de euforia que se vivia na Luz.
Perante um Boavista confiante, o Benfica demorou a reencontrar a dinâmica anterior. Mais com coração do que com a cabeça apertou o adversário, num final de duelo emotivo. Bracali parecia novamente um gigante a até parou um penálti de João Mário. Apesar da adversidade, os encarnados não baixaram os abraços. Num momento de lucidez, Gonçalo Ramos reabriu a porta da vitória, confirmada por Musa já nos descontos.
Mais: Gonçalo Ramos foi frio a tirar Sasso da frente e letal a bater Bracali. O brasileiro assinou uma noite fantástica, parando inclusive uma penalidade. Yusupha revelou-se implacável
Menos: Ibrahima entrou de forma despropositada sobre Rafa. Viu amarelo, mas arriscou outra cor. João Mário, quase sempre exímio na marcação de grandes penalidades, falhou num momento importante.
Árbitro: Recebeu o auxílio do VAR, que considerou legal o toque de Ibrahima em Rafa e entendeu que Sasso derrubou o extremo das águias no interior da área axadrezada
Veja o resumo do jogo:
https://jn.vsports.pt/embd/83840/m/12050/jn/2770cc4322b2f0d8fe73c9d358388568?autostart=false