A recente remodelação do quadro de delegados da Liga, liderado por Reinaldo Teixeira, e a entrada em funções de um novo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, presidido por José Manuel Meirim (na foto), espoletaram um maior rigor na aplicação das multas.
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Essa tolerância zero, como lhe chamam alguns clubes, fez com que os cofres do organismo presidido por Pedro Proença registassem um aumento superior a 50% - de 203 mil para 323 mil euros -, nos primeiros quatro meses da época.
Esse crescimento ganha contornos ainda mais expressivos nas sanções aplicadas aos clubes, que passaram a despender mais do dobro - de 105 mil para 215 mil euros - do que no período homólogo anterior. É, portanto, fora das quatro linhas que as multas são mais significativas. E são os três grandes as suas principais vítimas, uma vez que arrastam mais adeptos. As multas aos jogadores baixaram - de 68 mil para 67 mil euros - e as aplicadas a dirigentes e treinadores registaram um ligeiro aumento - de 30 mil para 40 mil euros.
Contactada pelo JN, fonte próxima dos delegados da Liga recusou qualquer relação entre a remodelação de quadros e o aumento do valor das multas, sublinhando que "os critérios são os mesmos" e que "até foram dadas indicações para que haja uma atitude pedagógica e preventiva com os clubes".
Fonte do CD explicou que "a aplicação dos castigos é feita com base em regras matemáticas". "Foram estabelecidos novos critérios e as multas são aplicadas com base nas situações relatadas", acrescentou, lembrando que "há penalizações mais graves para os reincidentes". Do total das multas recebidas pela Liga, 15% são entregues ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.