Tony, treinador do Montalegre, em exclusivo ao JN, fez a antevisão do jogo com o F. C. Porto, agendado para sexta-feira, a contar para quarta eliminatória da Taça de Portugal.
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O Montalegre, equipa que milita no Campeonato de Portugal, tem encontro marcado com o F. C. Porto, na sexta-feira (20.45 horas), no Estádio do Dragão, em jogo a contar para a quarta eliminatória da prova rainha. Tony, técnico principal dos barrosões, em declarações ao JN, analisou o ambiente que se viveu na equipa do Montalegre durante a pausa para os compromissos internacionais.
“Mal soubemos do sorteio, tentei meter água na fervura. Tínhamos uma longa pausa, sem jogo e com muito treino. O mais difícil, sem dúvida, foi gerir a ansiedade dos meus jogadores durante a pausa entre o sorteio e o jogo. Temos um plantel jovem, mas recheado de qualidade, sabemos das nossas qualidades e limitações. Jogar no Dragão é extremamente difícil e nós sabemos disso, no entanto, não temos nada a perder. Pelo contrário, temos tudo a ganhar. Se perdermos, acaba por ser algo normal. Se acontecer Taça, será uma coisa inédita para o clube”, sublinhou o ex-adjunto da seleção dos Camarões.
Enquanto jogador, Tony defrontou os azuis e brancos várias vezes. O antigo lateral direito, que conta com passagens por Chaves, Estrela da Amadora (equipa ao serviço da qual chegou mesmo a ganhar aos dragões, em janeiro de 2006), Cluj, da Roménia, e Paços de Ferreira, não vai abdicar da forma de jogar do emblema transmontano. “A minha forma de trabalhar e abordagem são sempre iguais, independentemente do adversário. Temos de ser coerentes com as nossas ideias. Os jogadores têm aderido à nossa forma de trabalhar, durante os treinos e os jogos, por isso, não vamos mudar a nossa identidade. Temos de desfrutar desta partida e, principalmente, ter coragem”, continuou.
Entre elogios a Sérgio Conceição e ao “ADN portista”, Tony pediu maior apoio dos adeptos ao Montalegre, uma equipa que “suou e verteu muito sangue” para chegar a esta fase da Taça de Portugal. “Os meus jogadores conseguirem uma vida melhor, uma maior estabilidade financeira para as famílias, era o melhor título que eu podia conquistar nesta temporada”, rematou.
Experiência é o segredo para fazer frente à ansiedade
Num plantel jovem como o do Montalegre, jogadores como Edu Machado, de 33 anos, com passagens, principalmente, por Tondela, Desportivo de Chaves e Boavista, vieram acrescentar a experiência necessária para estes grandes jogos a eliminar.
"Desde que cá cheguei [ao Montalegre], depois da passagem como adjunto pelos Camarões, onde tive a oportunidade de trabalhar com jogadores de topo, tenho incutido toda a minha experiência, forma de pensar e ambições aos meus jogadores. É verdade que temos um plantel jovem, mas todos gostam de aprender e têm ambição. Jogadores como o Edu Machado, Rúben Neves e David Moura têm muita experiência e ajudam a gerir as emoções do balneário. Deixa-me feliz que todos estejam inseridos no ADN do clube, com a mesma garra e vontade", concluiu Tony.