Foi uma batalha, mas o Benfica conseguiu sobreviver ao jogo traiçoeiro do Boca Juniors e obteve um empate que deixa tudo em aberto na luta pelos oitavos de final do Mundial de Clubes.
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A equipa da Luz começou por cima, teve duas oportunidades no início (Renato Sanches rematou ao lado quando estava em boa posição e Bruma acertou no poste, num lance precedido de fora de jogo), mas depressa se deixou levar pelo jogo duro do Boca, a roçar a violência. Os argentinos conseguiram intimidar a equipa lisboeta, com entradas a doer, sobretudo sobre Di María, e aproveitaram o desnorte benfiquista para marcar dois golos de rajada.
Aos 21 minutos, Merentiel fez o 1-0, concluindo uma excelente jogada de Blanco, que fez o que quis de Florentino, e aos 27 seria Battaglia, um médio com passado no futebol português (representou Moreirense, Sporting e Braga), a assinar o 2-0 de cabeça, num canto, com a defesa das águias a ver jogar. A equipa benfiquista passou, então, por uma fase complicada, mas um penálti sofrido por Otamendi, que o VAR descortinou, e convertido por Di María já perto do intervalo, reequilibrou a partida.
A segunda parte viria, no entanto, a ser mais do mesmo. O Boca Juniors manteve o estilo, parando o jogo sempre que possível, e o Benfica não parecia capaz de se libertar. Lage lançou Belotti para o lugar de Dahl, desadaptado à posição de lateral direito, recuou Aursnes, e foi só depois da expulsão do italiano, por entrada violenta sobre um adversário, que as águias reagiram.
Os argentinos adormeceram à sombra da superioridade numérica e, aos 84 minutos, deixaram o compatriota Otamendi sozinho na área para um 2-2 que não se adivinhava, tal a forma inofensiva como o Benfica jogava, mesmo depois de Akturkoglu e Kokçu terem sido lançados.
O empate mudou o jogo e foi então a vez do Boca perder o norte. Os “xeneizes” já não contavam deixar fugir a vitória e também ficaram a jogar com 10 nos minutos finais, devido a um vermelho direto mostrado ao central Figal, após uma entrada absurda sobre Florentino. O Benfica ainda acreditou que podia chegar ao triunfo, talvez a contar com um tempo de compensação bem maior do que os incríveis cinco minutos dados pelo árbitro mexicano, mas faltaram as forças para evitar uma igualdade que acaba por ser um mal menor.