Treinador Abel Ferreira defende-se e diz que "muita gente gosta de ter o Abel na boca"

"Reparo que muita gente gosta de ter o Abel na boca. Os próprios comentadores estão sempre a falar dos amarelos, não sei quê. Sinceramente, há uma coisa que vocês têm de entender: sou um treinador intenso nas quatro linhas. Isso não vai mudar, quando mudar vou deixar de ser treinador. Não vai ser nenhum comentário, jornalista, pai ou mãe que vão mudar o meu caráter no jogo", disse Abel Ferreira, após a vitória por 3-1 frente ao Coritiba.

Na quarta-feira, o português voltou a estar dentro de uma polémica por ter sido expulso. Abel Ferreira disse sentir-se triste quando o foco é todo nele e quando os jogadores do Palmeiras deixam de ser os protagonistas. "Sou um treinador intenso, ponto. Nos 90 minutos! Fiquei muito triste no último jogo, porque quando sou expulso, não falam da consistência da equipa. Tiram o foco dos protagonistas, eles é que correm, fazem os golos, merecem os holofotes".

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O treinador comentou as críticas que sofre por parte da imprensa, e pediu a respeito. "Eu chutei um microfone, há algum tempo, e parecia que havia matado alguém! Eu para respeitar os outros, primeiro tenho de ser respeitado. Os jornalistas que respeitam os profissionais do futebol têm o meu respeito."

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Sobre a partida, Abel elogiou a postura do Palmeiras, que enfrentava o último classificado do Brasileirão. "São jogos como esse que metem à prova o caráter da equipa, a seriedade. Era fundamental ser sério e jogar simples. Às vezes há a tendência de facilitar contra equipas em que o Palmeiras é claramente superior", apontou o treinador.

Com a vitória, o Palmeiras de Abel Ferreira chegou aos 19 pontos, dois atrás do líder Botafogo, orientado pelo português Luís Castro. A próxima partida será na madrugada de quinta-feira, frente ao Barcelona de Guayaquil, para a Libertadores. Um empate confirma a qualificação do Palmeiras à próxima fase.