O português João Martins, treinador adjunto de Abel Ferreira no Palmeiras, foi acusado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de xenofobia na sequência da conferência de imprensa que se seguiu ao jogo com o Athletico Paranaense (2-2), da 13.ª jornada do Brasileirão.
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"Entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem de que é o mais competitivo do mundo porque ganham vários, mas isso acontece porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganhar. Foi mais uma vez o que se passou hoje. É mau para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos", disse, antes de a conferência ser interrompida por Anderson Barros, diretor para o futebol do clube.
O técnico tinha considerado ainda que "o Brasil é especialista em perder tempo, por isso na Europa não se vê jogos do Brasil", acrescentando que o Palmeiras tem "uma vontade muito grande de ganhar, mas contra esse sistema é muito difícil".
A CBF entendeu as palavras de João Martins como um "desfile de grosserias e uma tentativa infantil e até xenófoba de reduzir a relevância do futebol brasileiro na Europa, mostrando inclusive desconhecimento do próprio campeonato que disputa, que já teve tricampeões, bicampeões, com várias equipas ganhando seguidamente".