Formação e experiência aceleram aptidões. Ruben Amorim e Daniel Sousa têm 39 anos e estão na crista da onda.
Corpo do artigo
Ruben Amorim e Daniel Sousa são dois dos treinadores abaixo dos 40 anos na Liga sobre os quais recaem as maiores expetativas do momento. Apontado à lista do Liverpool para substituir Jurgen Klopp, o treinador do Sporting ainda ficará mais no “olho do furacão” se vencer o título, até porque também está referenciado pelo Barcelona. No caso de Daniel Sousa, os bons desempenhos no Gil Vicente e no Arouca catapultaram-no ao mais alto nível e colocam-no no Braga, a partir da próxima época. Se Amorim beneficiou com a carreira de jogador, no Belenenses, Benfica e Braga, Daniel Sousa fez formação ao mais alto nível, tem o curso de Desporto da Universidade do Porto, e começou cedo a exercer competências em todas as equipas técnicas de André Villas-Boas. Estes dois percursos ajudam a explicar as razões que os levam a alcançar o mais alto nível tão cedo.
Se se confirmar a saída de Ruben Amorim, de 39 anos, para os “reds”, a fasquia vai elevar-se e muito e testar, uma vez mais, a qualidade dos treinadores portugueses, que continuam a merecer uma confiança esmagadora dentro de portas e a ter muito crédito no estrangeiro. “A esse propósito, é sempre bom lembrar que temos mais de 400 treinadores portugueses espalhados por esse mundo fora, que têm apresentado resultados positivos e isso tem elevado a cotação deles no mercado”, justifica, ao JN, José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF).
Com a confirmação da saída de Artur Jorge do Braga , António Salvador não perdeu tempo, nem desperdiçou a oportunidade, e apostou em Daniel Sousa, de 39 anos. Ainda que não tenha conseguido trazer já o treinador do Arouca - que tirou do último lugar e o conduziu até à atual sétima posição da Liga -, o presidente apostou num dos valores mais promissores da atualidade.
O trabalho efetuado por Daniel Sousa em Barcelos, na época passada, com o Gil Vicente, onde conseguiu evitar a descida, já tinha deixado uma impressão positiva. Esta temporada, confirmou as expetativas e António Salvador não perdeu a oportunidade de lhe lançar um desafio ainda maior. Apesar de não ter sido jogador de futebol, como Ruben Amorim, o próximo treinador do Braga soube formar-se ao mais alto nível e tem uma vasta experiência como analista em todos os clubes por onde passou André Villas-Boas.
“Estamos a falar de treinadores competentes, quando falamos dos treinadores portugueses, por isso são procurados”, argumenta José Pereira. “São criativos, têm capacidade para se adaptar muito bem a clubes e realidades diferentes. São os que têm mais competência para operacionalizar os treinos e ir de encontro às ideias de jogo que defendem”, acrescenta, convicto, o presidente da ANTF.