Benfica e Rio Ave reencontram-se este domingo (17.15 horas), no Jamor, na segunda final da época e 74.ª da Taça de Portugal. As águias querem a "tripleta" e os vila-condenses celebrar no topo da escadaria.
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O passado e realidade estrutural dos conjuntos são distintos, mas a ambição, vontade de alcançar o horizonte histórico e até a expressão do incentivo financeiro - 20 mil euros para cada águia e 15 mil para cada atleta de Vila do Conde - liga os adversários. O Benfica luta pela primeira "tripleta" - Liga, Taças da Liga e Portugal - e 10.ª dobradinha, experiência que não saboreia desde 1987. Há 27 anos.
Os vila-condenses, na segunda presença no Jamor, querem fazer mais do que os "barbudos" de há 30 anos. E assumem o papel de David na batalha contra Golias - expressão utilizada pelo técnico Nuno Espírito Santo - com intuito de derrubar e provocar um "flashback" no gigante, que ainda tem presente o inferno de maio de 2013.
Jorge Jesus regressa, pela terceira vez, ao palco da final com o desejo de, finalmente, cumprir a promessa ao avô e erguer o troféu. O treinador garante que o desaire de Turim não afetará a equipa. Só que do outro lado, Nuno Espírito Santo, que se despede de Vila do Conde, ambiciona realizar o sonho dos atletas, subir a escadaria da tribuna presidencial e festejar a conquista com os seis mil simpatizantes esperados na festa.
O adeus do técnico não será único. Nas águias, Jorge Jesus continua a ser alvo do interesse de vários emblemas europeus (ver texto ao lado) embora tenha alterado o sentido do discurso, no sentido de estar feliz na Luz.
Garay e Rodrigo devem integrar o lote dos que deixam as cores da águia. Enzo Pérez, Gaitán e André Gomes estão no grupo dos prováveis.
No "day after" ao epílogo formal do programa de ajustamento português, o Benfica recupera a sua "troika" - Enzo Pérez, Salvio e Markovic -, puzzle vital no rejuvenescimento do dinamismo e intensidade da equipa.
No plano estratégico da formação de Vila do Conde, a dúvida coloca-se em relação à conservação de Hassan, no eixo do ataque, ou na entrada de Braga, em detrimento do egípcio. Esta hipótese sugere aposta na mobilidade de Ukra e Pedro Santos na linha ofensiva.