U. Lamas sobre a suspensão do jogo em Ovar: "Não havia condições de segurança"

Nuno Dias, guarda-redes da U. Lamas, foi agredido por adepto
Redes sociais da Ovarense
Um episódio "lamentável" que "belisca gravemente o futebol distrital aveirense e os seus responsáveis". É desta forma que o U. Lamas se refere à suspensão do encontro frente à Ovarense, no último domingo, a contar para a penúltima jornada da fase de apuramento de campeão da Divisão de Elite da Associação de Futebol de Aveiro, após uma agressão por parte de um adepto ao seu guarda-redes, Nuno Dias.
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A partida foi interrompida, perto do intervalo, na sequência da invasão do terreno de jogo por parte de um adepto equipado com uma camisola da Ovarense para agredir o guarda-redes da equipa adversária. "Não nos revemos nestes comportamentos e exigimos mão pesada para os prevaricadores", sublinha o emblema lamacense.
Em comunicado, o U. Lamas refere que o jogo frente à Ovarense "não terminou devido à bárbara agressão de que foi alvo o atleta Nuno Dias", que apresentou queixa nas autoridades contra o agressor.
O clube do concelho de Santa Maria da Feira defende que, "ao contrário do que pretendem fazer querer, não se tratou de um ato isolado de um adepto com uma anomalia psíquica", lembrando que, "nas imagens do jogo, é possível constatar que o senhor árbitro já tinha interrompido o jogo por duas vezes para entregar objetos arremessados para o terreno de jogo pelos adeptos da equipa visitada, sem que a polícia tenha identificado os autores".
De acordo com os dirigentes lamacenses, "uma agente da PSP foi agredida na cabeça por adeptos da equipa visitada com um objeto contundente, tendo, inclusivamente, necessidade de receber tratamento hospitalar", e "uma adepta do U. Lamas foi obrigada a receber tratamento em virtude de ter sido atingida por objetos arremessados da bancada onde se encontravam adeptos da equipa visitada".
Por tudo isto, o U. Lamas defende que "o planeamento de segurança do evento desportivo foi inapropriado", o que o levou a sentir que, "ao contrário do que alegou o Comissário Diogo, não estavam reunidas as condições de segurança para a continuação do jogo".
O clube de Santa Maria de Lamas denuncia ainda que os autocarros que transportaram os jogadores e os adeptos do clube foram recebidos em Ovar com pedras, que deixaram "danos visíveis" nas viaturas. "Com isto tudo, como é possível a polícia não pedir mais agentes para o local?", questionam os dirigentes lamacenses.
O U. Lamas vai "participar ao Comando Distrital de Aveiro da Polícia de Segurança Pública os factos e solicitar que sejam apuradas responsabilidades pelo inadequado planeamento da operação de segurança do evento", bem como "exigir uma indemnização pelos danos provocados pelos adeptos da Ovarense nos autocarros da comitiva do U. Lamas".
O clube vai, igualmente, "participar à Associação de Futebol de Aveiro todos os factos que ocorreram, dentro e fora de campo, e que motivaram a suspensão do jogo", lamentando que, "até ao momento, ninguém deste órgão se mostrou pró-ativo para perceber o que efetivamente aconteceu".
