UEFA oferece ajuda psicológica a jornalistas após morte na bancada de imprensa
Na Arena de Munique, assistiu-se a um dos episódios mais tristes da história das finais europeias. Perdeu-se uma vida, bem ali ao lado da posição dos jornalistas na bancada de imprensa do estádio.
Corpo do artigo
O adepto já identificado como romeno, de 34 anos, ter-se-á desequilibrado e caído sobre a tribuna de imprensa de forma tão aparatosa que, apesar dos rápidos esforços dos bombeiros no local para assistir a vítima, morreu. Os cerca de quinze minutos que se seguiram à queda foram um "mix" de grande curiosidade e aflição.
Com tanto aparato, a curiosidade de várias centenas de adeptos que estavam perto daquela zona era imensa. O jogo estava interessante e imprevisível, mas muitos desviavam o olhar da relva para o local do incidente. Quem estava na zona da bancada de onde caiu o adepto também não tirou os olhos da zona onde estava a ser prestada assistência. Jornalistas de mãos na cabeça, uns incapacitados mentalmente de continuar a trabalhar. Houve três jornalistas que ficaram feridos pelo impacto da queda do homem romeno e foram encaminhados imediatamente para o hospital. Cerca de um quarto de hora depois, o adepto foi levado do local.
Foi já depois de quase todos os jornalistas terem abandonado a bancada de imprensa, que apareceu uma dezena de polícias e ainda uma equipa de investigação criminal para apurar todos os detalhes do incidente. Analisaram atentamente cada canto, tiraram notas, usaram uma fita métrica para medir a altura a distância do corrimão da bancada de cima ao chão da tribuna de imprensa e obtiveram alguns registos fotográficos para investigação. Mais ninguém podia aproximar-se daquela zona, que continha ainda vestígios do terrível acontecimento e os profissionais que restavam naquela área foram convidados a sair por outra porta que não era a que estava inicialmente prevista.
Não há ninguém pior neste momento que a família do adepto falecido, mas também não foi uma situação fácil para os vários profissionais que estavam concentrados no exercício das suas funções e para os adeptos mais próximos do local, que tiveram a infelicidade de testemunhar este trágico acidente. A UEFA enviou, esta segunda-feira, um e-mail aos diversos profissionais da comunicação social e, possivelmente, aos voluntários da organização que por ali andavam a oferecer ajuda psicológica. Gentilmente, um contacto telefónico e um endereço eletrónico são deixados a quem, de facto, ainda está perturbado com algo que estragou toda a festa bonita de futebol que foi aquela final da Liga das Nações.