Nadador de 17 anos já tem o nome escrito na história da natação portuguesa depois de conquistar três títulos mundiais júnior e um bronze nos Europeus absolutos.
Corpo do artigo
15136981
Diogo Ribeiro deixou de ser um nome desconhecido no desporto português. Com apenas 17 anos, o nadador conquistou nada mais, nada menos, do que três títulos mundiais júnior no Peru e a medalha de ouro nos 50 metros mariposa, na madrugada de domingo, com direito a recorde mundial. Se por si só a marca já é impressionante - antes o português tinha-se sagrado campeão mundial júnior dos 50 metros livres - ainda mais se torna tendo em conta que, há um ano, Diogo estava numa cama de hospital.
O nadador, que teve o primeiro contacto com uma piscina ainda em bebé, graças à irmã mais velha, sofreu um grave acidente de mota pouco depois de conquistar a medalha de prata no Campeonato Europeu Júnior de natação, em julho de 2021, nos 100 metros mariposa, que o obrigou a ficar internado com hematomas, queimaduras nas pernas, uma lesão no peito e um pé fraturado. Perdeu ainda um dedo, que entretanto foi reconstruído, e chegou a ter a carreira em risco. Mas Diogo superou-se e, um ano depois, conquistou o bronze nos 50 metros mariposa nos Campeonatos Europeus, em Roma. Agora, seguiram-se os três títulos mundiais.
Diogo Ribeiro, que já bateu recordes por mais de 50 vezes, começou na modalidade com o apoio da mãe, que decidiu inscrevê-lo na natação pouco depois de o atleta ter perdido o pai, para ajudar na concentração do filho. Aos oito anos, o nadador começou por participar no Circuito Regional de Cadetes, em Coimbra, de onde é natural, em representação da Fundação Beatriz Santos - Clube. Ao fim de quatro anos transferiu-se para o Clube Náutico Académico, mas foi no União de Coimbra que as medalhas começaram a fazer parte da vida do jovem nadador. Em 2021, Diogo Ribeiro, que integra o projeto Olímpico Paris 2024, reforçou o Benfica e foi integrado no Centro de Alto Rendimento do Jamor, treinado por Alberto Silva.