Em Valongo, desde muito cedo se começou a praticar basquetebol e o lema é atingir o topo
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Não se sabe quando, nem como será, mas a trajetória do Núcleo Recreativo e Cultural de Valongo está delineada há muitos anos: "Não se sabemos quando chegaremos ao topo, mas é nesse sentido que queremos ir". Este é o lema de um clube que se orgulha de o mostrar, quer seja na faixa que tem pendurada no pavilhão de treinos, quer seja nas atitudes praticadas, dentro e fora de campo.
É na Travessa São Domingos, em Campo, Valongo que se encontra um pavilhão barulhento e cheio de vida. Às portas, 20 minutos antes da hora de treino, o cenário é de dezenas de jovens a chegarem, já vestidos a rigor, para um treino onde o elemento mais importante não se veste, mas vê-se: o sorriso estampado na cara de cada um daqueles atletas.
Para explicar este sentimento, esteve, à conversa com o JN, o diretor da secção de basquetebol do Valongo, Pedro Sousa: "Tentamos criar um ambiente saudável dentro de portas e isso faz com os miúdos se sintam felizes".
Presente no emblema valonguense desde a fundação, o diretor e ex-atleta de ténis de mesa descreve um espírito de união que o marcou, particularmente, mas que acredita que muitos outros também o sintam, passando por lá: "Dá-se valor à palavra equipa por aqui e a união dentro dos grupos tem origem nos treinos, nas viagens para competições, atividades extra-deportivas e tudo isso cria memórias que ficam para sempre com os mais novos".
Bichinho competitivo
A boa relação dos treinadores com os atletas também é um fator bastante trabalhado e desejado por todos. Sem nunca esquecer, claro que são eles os maiores símbolos de autoridade e de qualidade para as crianças. "O feedback que temos tido é que os treinadores tornam-se nos maiores confidentes dos nossos atletas. Eu falo por experiência própria, porque a minha filha treina cá e eu bem vejo a boa relação que tem com os treinadores", disse Pedro Sousa.
Tudo isto contribui para que o bichinho da competição comece a crescer na cabeça de cada um daqueles atletas e, por isso, é que o diretor da secção não hesita em dizer que, embora a competição esteja em segundo plano nos escalões mais baixos, vão ter uma equipa sénior cada vez mais bem preparada para lidar com qualquer competição.
Bilhete de identidade
Nome: Núcleo Recreativo e Cultural de Valongo
Fundação: 16/10/1981
Atletas na formação: 170
Os atletas
Iara Lima
13 anos
"O convívio no clube fez com que começasse a gostar de jogar basquetebol, mas já gostava do desporto antes. Temos um bom espírito de união"
José Magalhães
12 anos
"Escolhi o basquetebol, porque gosto muito de desporto. Sinto-me muito bem desde que cheguei a esta casa. Somos uma família"
Mariana Rodrigues
13 anos
"Adoro competir e o meu objetivo principal é chegar, um dia, à seleção nacional. Vou trabalhar muito para ser jogadora profissional"