Sporting tenta inverter história em Nápoles e lutar pelo primeiro triunfo em solo italiano. Diomande é reforço alternativo, num onze que pode ter mais músculo no meio campo.
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À procura de um novo registo histórico, o leão entra hoje (20 horas) no "San Paolo", em Nápoles - palco mítico rebatizado com o nome de Diego Maradona, um dos deuses do futebol -, preparado para uma dura batalha com o campeão italiano. E sedento de quebrar a barreira de nunca ter ganho em Itália.
O histórico de visitas tem mais de seis décadas - desde 1963 - e 18 passagens por aquela latitude. Porém, em nenhuma, a equipa conseguiu triunfar nas provas europeias: 13 derrotas e cinco empates. Um dos confrontos que acabou empatado sucedeu na única visita ao recinto dos napolitanos, em 1989, numa eliminatória da Taça UEFA e com Maradona em campo. A história é bem conhecida, admitiu aposta com Ivkovic, ganha pelo croata, mas o leão acabou eliminado nos penáltis (4-3).
Hoje, a realidade é outra, mas só um leão de enorme qualidade, superação, autêntico rei da selva, pode sair vivo e com glória da Campânia. O campeão nacional vive um ciclo positivo de quatro vitórias e está com a moral em alta, sentimento também espelhado no discurso dos dirigentes, em particular no de Frederico Varandas, que elegeu o Sporting como a equipa a abater no contexto interno.
Apesar do elã positivo, Rui Borges sentiu necessidade de dar um puxão de orelhas e um banho de realidade à equipa após a exibição cinzenta no Estoril. O treinador mostrou-se crítico, mas é pouco crível que idealize alterações ao puzzle habitual, embora exista a hipótese de Kochorashvili conceder mais músculo ao meio-campo e surgir no lugar de Morita, que recuperou de lesão.
A equipa chegou a Nápoles já de noite, após uma viagem atribulada e de consequências imprevisíveis, mas com quase todas as armas disponíveis, com Diomande a ser reforço para a defesa.
Hoje, no inferno napolitano, o Sporting tentará continuar a boa onda do triunfo frente ao Kairat (4-1). Qualquer ponto fora, principalmente, no atual formado de prova, representa uma conquista positiva e um eventual triunfo constituirá um feito quase épico e inédito na pegada histórica do clube leonino em Itália.
Quatro horas e meia de atraso leva equipa a jantar dentro no avião
Um problema técnico no avião - A330, da Hifly - que transportava a comitiva para Nápoles atrasou a partida do Sporting para Itália. Um contratempo sério, com um atraso de quatro horas e meia, que alterou a programação leonina. E ainda de consequências imprevisíveis para a equipa, devido à alteração do plano de viagem e descanso dos jogadores.
A habitual conferência de imprensa de lançamento do embate (Rui Borges e Vagiannidis) foi cancelada, com a autorização da UEFA. O Sporting, que deveria ter chegado a Nápoles por volta das 18 horas, só saiu de Lisboa quase hora e meia depois. A chegada a solo italiano deu-se à noite e a comitiva sportinguista acabou mesmo por jantar durante o voo.