A grande invenção da FIFA para 2025 vai passar à prática a partir da próxima madrugada, quando Inter Miami e Al Ahly derem o pontapé de saída no novo Mundial de Clubes, que durante um mês vai juntar 32 equipas dos cinco continentes, nos Estados Unidos.
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No meio de um enorme ponto de interrogação relativamente à forma como os jogadores se irão apresentar, sobretudo os dos clubes europeus, F. C. Porto e Benfica são os representantes lusos, à procura de ganhar prestígio e de aumentar os prémios de participação (em função do ranking, os dragões recebem de entrada 16,7 milhões e as águias 14,6). Para os portistas, que voltarão a não ir à Liga dos Campeões na próxima época, este é um ponto especialmente importante, sabendo-se que em jogo estão 1,8 milhões por vitória na fase de grupos e 6,9 milhões pela passagem aos oitavos de final.
A maior incógnita da competição tem mesmo a ver com o estado físico dos jogadores, numa altura em que os das equipas europeias deviam estar no habitual período de férias. Os factos dizem que nove dos 10 clubes que chegam a este Mundial com mais jogos durante a época são da Europa: o Real Madrid lidera, com 62 partidas efetuadas em 2024/25, seguido do Inter (59) e do PSG (58), surgindo o Benfica na sexta posição (56). Entre as 12 equipas europeias, só o Salzburgo fez menos jogos do que o F. C. Porto (49). Os clubes da América do Sul estão, neste aspeto, em vantagem, pois as respetivas épocas começaram em janeiro: o Palmeiras, que defronta amanhã o F. C. Porto, chega com 35 jogos, enquanto o Boca Juniors, primeiro adversário do Benfica, fez apenas 21.
Incluídos no Grupo A, os portistas defrontam, para além da equipa de Abel Ferreira, o Inter Miami, que terá a estrela Lionel Messi em ação, e o Al Ahly, crónico campeão africano. Quanto às águias, ficaram no Grupo C e, após o embate com o Boca, jogam ainda com os neozelandeses do Auckland City, única equipa amadora da prova, e com o poderoso Bayern. Ficar num dos dois primeiros lugares dos grupos e passar aos “oitavos” é o objetivo inicial para os dois clubes portugueses, que deverão contar nos EUA com o apoio de milhares de emigrantes portugueses.