Equipa do "Special One" arranca Serie A em grande estilo e o ex-jogador da Juventus já começa a fazer estragos. José Mourinho começou a nova temporada da mesma forma que terminou a última: a sorrir.
Corpo do artigo
Depois de ter conquistado a primeira edição da Liga Conferência pela Roma - foi o quinto troféu europeu do treinador português na quinta final que disputou, depois de duas Ligas dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Liga Europa - os "gialorrossi" arrancaram o campeonato 2022/2023 da melhor maneira, assumindo, atualmente, a liderança da Serie A com 10 pontos, resultantes de três vitórias e um empate.
A fase da Roma é ainda mais de louvar, tendo em conta que o único "deslize" foi diante da Juventus, num jogo marcado pelas declarações fortes do português já depois do jogo ter terminado empatado (1-1). "Fui muito sincero, disse aos jogadores que tive vergonha deles ao intervalo. Não se tratou de um problema tático, foi de atitude. Não podemos vir a este estádio jogar assim. Lembro-me de dizer ao Salvador Foti [treinador adjunto] para ele rezar para que ao intervalo estivesse só 0-1, porque era um resultado fantástico para nós. Na segunda parte foi diferente e merecemos o empate", atirou Mourinho.
As palavras foram fortes mas não fizeram mossa nos atletas, uma vez que na jornada seguinte fizeram a Roma regressar aos triunfos, com uma vitória clara, por 3-0, sobre o Monza. Agora, segue-se a visita à Udinese, agendada para domingo, às 19.45 horas.
Mas, se um dos segredos do sucesso pode estar na aparente união no balneário e sinceridade entre treinador e atletas, outro pode bem passar pelos reforços apresentados neste mercado de transferências. Os romanos, que contam com o português Rui Patrício, reforçaram-se com nomes como Nemanja Matic, Mile Svilar, Wijnaldum (que se lesionou na pré-época), Zeki Celik, Mady Camara, Andrea Belotti e, talvez o nome mais sonante e inesperado, Paulo Dybala.
O avançado, que terminou contrato com a Juventus, chegou a custo zero à capital italiana e bastou uma chamada de "Mou" para o convencer a assinar. Foi recebido por milhares de adeptos na apresentação e já começou a dar cartas dentro de campo: diante do Monza, estreou-se a marcar pelos romanos, logo em dose dupla, chegando aos 100 golos na Serie A. No mesmo duelo, Dybala foi substituído e quando Mourinho se aproximou, trocaram palavras e risos, com o argentino a beijar a mão do português. "No ano passado, contra a Juventus, quando ele foi substituído, disse-lhe: "És bom rapaz, tu és bom". Hoje disse-lhe o mesmo e sorrimos". O custo da chamada valeu a pena...