Miguel Pinto Lisboa aposta na formação, prospeção e ADN Vitória para concluir a missão iniciada em 2019.
Corpo do artigo
Eleito em 2019 como presidente do Vitória, reunindo 50,6 % dos votos, Miguel Pinto Lisboa, 23º presidente dos minhotos, recandidata-se a novo mandato e volta a ter dois concorrentes. Na sua gestão, o clube voltou a ter posição maioritária na SAD. Associado número 1439, o candidato que adotou o lema "Um Vitória de Todos" não fez grandes mudanças na lista que o acompanha no ato eleitoral agendado para o próximo dia 5 de março.
Atualmente à frente do clube, tem três bases para o êxito: formação, prospeção e ADN Vitória. Passivo preocupa, mas não é calamitoso, e acordo com Mário Ferreira é para cumprir.
Que Vitória pretende para os próximos três anos?
Apesar de termos realizado a maior parte dos compromissos, o mandato de dois anos e meio, com dois anos de pandemia, não permitiu realizar tudo o que tínhamos definido. Temos um projeto para atingir o sucesso de forma consistente. Apostámos sempre na formação, prospeção e ADN Vitória. É a conjugação destes três fatores que nos podem levar ao sucesso consistente. O trabalho na formação já é visível. As equipas estão nas fases seguintes, temos 28 atletas que atingiram os diferentes escalões das seleções e temos 15 atletas que atingiram a equipa A.
A situação com Flávio Meireles originou críticas.
Fiquei surpreendido quando soube que era um trunfo eleitoral. Para evitar qualquer insinuação ou mal-entendido, foi afastado do grupo de trabalho até ao dia 7.
A questão das assinaturas fragilizou?
Se algo aconteceu na nossa, não foi do conhecimento de qualquer membro da lista. Somos os primeiros a repudiar tal facto. Houve intenção de prejudicar esta lista na sua credibilidade. Não nos atinge quem quer, só quem nós deixamos.
O passivo do clube e da SAD ditou críticas. Qual é o ponto de situação?
Foi criado um fantasma do qual não subscrevemos. Foi opção estratégica, em determinado momento, para fazer face ao estreitamento do mercado resultante da pandemia, efetuar uma operação de médio longo prazo com uma instituição financeira de primeira. Essa operação permitiu abordar o mercado de forma tranquila e não estar sujeito aos preços que nos seriam impostos num mercado em retração. O facto de termos um passivo elevado não significa que estejamos numa situação calamitosa. Um presidente do Vitória não pode estar assustado com os problemas. Tem de encontrar soluções. Apresentámos um plano que visa o equilíbrio económico e financeiro e com resultados desportivos associados.
Como está a questão com a MAF (Mário Andrade Ferreira, empresa do antigo acionista maioritário)?
Um dos objetivos era ter a maioria do capital da SAD e foi cumprido. O Vitória terá de adquirir a totalidade da posição da MAF. Consequência das dificuldades, a MAF dilatou os prazos de pagamento. Tem sido sempre colaborante e no momento certo iremos adquirir a restante percentagem.
Há ideias novas para o futebol de formação?
Profissionalizadas as equipas técnicas, fizemos um investimento forte nas infraestruturas, com dois sintéticos e as primeiras fases do miniestádio. Não abdicaremos de qualquer escalão. O que incrementamos na formação não foram custos, mas sim investimento.
E para o crescimento da massa adepta?
Em 2019 pretendíamos aumentar o número de associados, mas o contexto social e económico, fruto de uma pandemia, não permitiu. Estamos em condições de recuperar o número de associados. O novo site e a nova app permitirá estar mais próximos digitalmente e fisicamente dos sócios. As Lojas Vitória levarão o clube para as freguesias.
Há plano para as modalidades amadoras?
O foco é a formação e o Vitória deve ser uma potência em todas as modalidades. Vamos continuar a apostar e a melhorar as condições de infraestruturas, porque é um problema recorrente. A utilização da escola João de Meira é um acréscimo positivo às nossas necessidades.