Avançado do Valadares decidiu a passagem com o Chaves (3-2) e quer continuar a surpreender na Taça de Portugal.
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É, há duas épocas, uma das figuras incontornáveis do Valadares Gaia e, no passado fim de semana, voltou a ser importante com um golo que alimenta a esperança dos canários virem a conseguir consumar mais surpresas na Taça.
Nasceu a 16 de outubro de 1969 em Lisboa e, exatamente, 33 anos depois foi o herói do jogo entre Valadares e Chaves que fez com que o conjunto do quarto escalão português eliminasse os transmontanos da prova rainha.
A infância do ponta de lança guineense ficou marcada pelas constantes mudanças de país para acompanhar o pai que tinha que viajar em trabalho: "Fui muito cedo para a Suécia, estive no Senegal e ainda na Guiné até aos 12 anos". Fator este, no qual o atleta encontra a razão para atualmente se adaptar rapidamente aos diferentes ambientes nos clubes por onde passa e para o facto de atualmente saber falar fluentemente sete (!) línguas.
Hoje, afirma ser uma pessoa simples e com noção de que com a idade que tem já se torna difícil voltar a patamares profissionais. No entanto, encontrou no Valadares algo que fez que com, pela primeira vez, numa já longa carreira, permanecesse mais que uma época no mesmo clube: "Estava habituado a mudar de clube todas as épocas, mas encontrei em Valadares uma família e um ambiente muito acolhedor".
O grande objetivo e sonho que tinha para o futebol era o de representar as cores da Guiné-Bissau, país de onde os pais são oriundos, e esse foi concluído com sucesso, algo do qual se orgulha.
Relativamente à próxima eliminatória da Taça, os canários de Gaia terão pela frente o Casa Pia, equipa revelação da Liga que os eliminou da prova rainha no ano transato, no prolongamento. Sobre esse reencontro, Pio Junior atira: "Não foi o sorteio mais acessível, mas vamos lá encarar o jogo olhos nos olhos e quem sabe, desta vez, a sorte possa cair para o nosso lado".