O presidente do Sporting fez esta segunda-feira um balanço dos 100 dias à frente da presidência do Sporting e explicou a aposta em Marcel Keizer.
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"Foram 100 dias intensos. O primeiro objetivo foi atingido, que era ter um Sporting saudável. Os sportinguistas sentem um Sporting saudável, um Sporting que voltou a ser notícia pelos bons motivos. A minha equipa está feliz por ter atingido o primeiro objetivo No futebol não há tempo. O discurso é muito bonito mas as pessoas cobram muito. Herdamos uma situação financeira complicada, mas passados 100 dias, o balanço é positivo", começou por dizer em entrevista à Sporting TV.
O líder máximo dos leões explicou a aposta em Marcel Keize, garantindo que não considerou a contratação do holandês como uma aposta de risco.
"A escolha do treinador define muito o que é esta administração da SAD. Faz-me confusão como é que alguém concede decidir quando se está pensado com atos eleitorais, com anos de mandato. Eu acordo e penso: o que é que eu faria para o melhor do Sporting. E faço. Aposta de risco? Para 99% das pessoas. Para mim não teve nenhum risco. Assentou em quatro fatores: competência técnica, gestão do grupo e comunicação. Era a opção que me dava mais garantas. É um grande treinador, é um grande senhor. Falam bem dele e ele merece. Nem eu acreditava que ia correr assim. Não é fácil para quem não conhece a realidade do futebol português, sem ter feito pré-época. Disse-lhe para estar tranquilo que ia ter a melhor estrutura do seu lado. O sucesso vem muito disso. Quando ele der uma entrevista, jamais esquecerá esta equipa", disse, abordando a saída de José Peseiro.
"Era a pessoa mais feliz do mundo se tivesse ficado com o Peseiro até ao final da época, era sinal que estava tudo bem. Mas o Sporting é um clube com muita exigência. Para mim, o Sporting tem de dominar 32 jogos por ano. Pode até não ganhar, mas tem de se assumir favorito, ser uma equipa mandante, que acredite, que leve atrás estes milhões de adeptos. E acredito que o Sporting possa ter um futebol atrativo. Houve uma telenovela à volta de Peseiro. Tenho de lhe agradecer: ótima pessoa, bom treinador, mas não era o que eu precisava naquele momento. Se há coisa que vou fazer é errar. Perguntam-me se estou arrependido. Não estou. Não estou e estou muito confiante. Naquele momento, senti que o Sporting precisava de outra coisa. Não iria tirar alguém para por alguém que não fosse fazer melhor.".
Quanto ao empréstimo obrigacionista, Frederico Varandas disse ter sempre acreditado na "batalha".
"Nunca pensei em não vencer esta batalha. Se não fosse pelo caminho A seria pelo B. Temos uma força enorme. Quando lançamos o empréstimo, fomos obrigados a fazer naquela data pelos acontecimentos que sabem, não podia ter sido em pior altura e piores condições", disse, abordando ainda os casos de Gelson Martins, Podence e Rafael Leão, que rescindiram com o clube.
"Quanto ao Gelson, estão decorrer negociações. Acredito que até ao final de janeiro estará fechado. Com acordo se for bem fechado. Podence e Rafael Leão? Não sei se os clubes terão capacidade para fazer um bom acordo e se assim não acontecer, vamos ter de ir até às últimas consequências. É um dado adquirido, está mais do que preparado. Podemos, se houver condições para bom acordo, parar a meio", concluiu.