Álvaro Pacheco esteve só 31 dias ao serviço do Vasco da Gama. O treinador português foi apresentado a 21 de maio e saiu do clube a 20 de junho. Três derrotas e um empate é o saldo do técnico natural de Felgueiras, que levara quatro compatriotas para o Brasil. O "Gigante da Colina" já vai para o quinto técnico em 2024.
Corpo do artigo
A primeira aventura de Álvaro Pacheco no estrangeiro, como treinador principal de futebol, foi muito curta. As contingências dos resultados ditaram a saída precoce do técnico natural de Lixa, Felgueiras, do comando do Vascão, num adeus que certamente não lhe deixará saudades.
A célebre boina do técnico luso, que rapidamente entrara na cabeça da "torcida" do Vasco, já é passado. Ao contrário do navegador Vasco da Gama, na era dos Descobrimentos liderou a longa expedição lusa à Índia, Álvaro Pacheco perdeu-se nos maus resultados, após atravessar o Atlântico entusiasmado, depois de uma conflituosa saída de cena, no Vitória de Guimarães.
A saída do treinador da Cidade Berço, após o desaire com um desaire com o Braga (2-3) foi polémica, mas no Rio de Janeiro as coisas também não lhe correram bem. A 2 de junho, na estreia no banco, o Vasco foi goleado (1-6), pelo Flamengo. Seguiu-se um interregno competitivo de 12 dias, para a 14 de junho perder por 0-2, com o compatriota Abel Ferreira, frente ao Palmeiras. Dois dias volvidos (16 de junho), aconteceu o único jogo que não perdeu (0-0, na receção ao Cruzeiro), para, finalmente, a 20 de junho, perder fora com o Juventude (0-2). Dos rumores de saída à confirmação oficial não demorou muito.
Álvaro Pacheco levara quatro compatriotas para o Brasil, três deles oriundos do Vitória de Guimarães: Pedro Valdemar (adjunto), José Teixeira (adjunto) e Ricardo Ferreira (fisiologista), a que juntou Leandro Mendes (preparador físico).
Apesar da permanência relâmpago no comando do Vasco da Gama, já tinha havido um outro treinador no clube com menor tempo de duração em funções: Celso Roth, em 2010, ficou 26 dias no comando do emblema carioca, tendo na ocasião liderado a equipa em cinco partidas, com uma vitória, um empate e três derrotas.
No Brasileirão permanecem entretanto cinco treinadores portugueses: Artur Jorge (Botafogo), Abel Ferreira (Palmeiras), Petit (Cuibá), António Oliveira (Corinthians) e pedro Caixinha (Red Bull Bragantino).
Quarto treinador do ano dos vascaínos, Álvaro Pacheco, que assinara até ao final da época, com mais uma temporada de opção, esteve só 31 dias em funções. Acabou por ter a mesma sorte dos brasileiros William Batista e Rafael Paiva, e do argentino Ramón Diaz, tendo deixado a equipa no 17.º lugar do Brasileirão.
O técnico natural de Felgueiras já tinha tido uma experiência no estrangeiro, mas como adjunto: em 2018 esteve no Lietava Jonava, da Lituânia, integrando a equipa técnica liderada pelo compatriota Filipe Ribeiro.