Mais de 1500 atletas, provenientes de 18 países, alinharam na terceira edição da Meia Maratona Extreme Douro Verde, prova organizada pelo Clube Náutico de Ribadouro e com o traçado a ser desenhado nas estradas dos concelhos de Baião, Cinfães e Marco de Canaveses.
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Foram 21 quilómetros extremos, com um traçado em contínuo sobe e desce, que teve como vencedor na Geral e entre os Seniores Masculinos, Paulo Barbosa, atleta do Sporting Clube de Braga.
O atleta cedo assumiu as despesas da corrida e se, até ao início da dura subida após a passagem pela Barragem do Carrapatelo, ainda teve a espaços a companhia de António Moreira (Figueiredo Runners & Friends), desferiu aí um ataque que seria fatal para as pretensões do adversário, isolando-se de vez a cerca de quatro quilómetros da meta, que ultrapassaria no tempo de 1h13m10s e um avanço que se cifrou em 2:24 sobre o adversário.
“É muito bom ter ganho aqui pelo segundo ano consecutivo. O percurso fez mesmo jus ao nome da prova e a sua dureza fez-me pensar muito bem na estratégia. Sabia que logo a seguir à barragem, e já na parte final, iríamos enfrentar uma subida íngreme e, como tal, geri bem o meu esforço até lá. Então ataquei, isolei-me de vez e fui gerindo até à meta”, resumiu no final Paulo Barbosa.
O pódio absoluto ficou preenchido quando Domingos Fernandes passou a meta instalada na albufeira da Pala, em Ribadouro. Fernandes comemorou ainda uma importante vitória entre os Veteranos 55.
Registo para as conquistas do triunfo nos restantes escalões por parte de Nuno Soares (Veteranos 40), Pedro Gilvaz (Veteranos 45), Carlos Monteiro (Veteranos 50) e Carlos Gomes, entre os Veteranos 60.
"Percurso muito bonito"
Na vertente feminina, assistiu-se a uma luta similar, com Cristiana Ferreira (Running Espinho) a chegar ao seu primeiro triunfo absoluto e entre as Seniores na prova – já tinha uma presença no pódio em 2023.
“Não poderia estar mais feliz. Eu adoro esta zona aqui junto ao rio Douro. Foi uma meia-maratona brutal, com um percurso muito bonito e espetacular, que recomendo a todos venham fazer no futuro. Tentei gerir o esforço, protegendo-me nas subidas e atacando nas descidas, aumentando aí o ritmo e, acima de tudo, foi deixar andar as pernas!”, destacou a vencedora no final.
Quem mais perto correu foi Marlene Santos, do A.D. Active Running, que chegou exatamente três minutos depois da vencedora e ganhou entre as Veteranas 40. A terceira classificada foi Paula Santos (Allabout), que conquistou o Escalão Veteranas 50, tendo terminado a pouco menos de nove minutos de Cristina Ferreira.
Quanto às vencedoras nos restantes escalões, Carla Almeida (Estúdio Mais Saúde) foi a melhor nas Veteranas 35, Sara Nunes, dos Nascidos para Correr, repetiu a dose nas Veteranas 45, Elisabete Repas (Edv-Viana Trail) dominou entre as Veteranas 55 e Rosa Bispo levou as cores do clube Pernas Inertes - Lentos desde 2017 até ao lugar mais alto do pódio das Veteranas 60.
Nas estafetas, a dupla constituída por Nuno Fernandes e Paulo Mendes deu tudo para chegar ao triunfo à geral e entre as estafetas masculinas, vencendo com uma magra vantagem de 48 segundos sobre Adelino Soutinho e Renato Teixeira, que defenderam as cores do G. D. Goma / AFIPRE TEAM. Daniel Santos e Fábio Barbosa, dos Bota Lume, foram terceiros a 2:41 dos vencedores.
No quarto posto da geral encontrámos a melhor dupla mista, Rafael Pereira/Doroteia Peixoto (Douro Verde), sendo de salientar que ficaram a menos de nove minutos dos vencedores à geral entre as estafetas. Rosa Gomes e Manuela Sousa geriram bem o esforço exigido pelo percurso, sendo recompensadas com a vitória entre as estafetas femininas.
Recorde de participantes
No final, Mário de Sousa, presidente do Clube Náutico de Ribadouro fez um balanço “extremamente positivo" destacando que foi batido o recorde de participantes e de países presentes.
"E conseguimos, finalmente, percorrer o circuito que sempre esteve nos nossos planos para a prova. Depois e mais importante, estamos felizes com as opiniões que temos tido por parte dos atletas, que gostaram muito do trajeto e do nível organizativo”, realçando ainda “o excelente feedback que também tivemos por parte dos patrocinadores e dos municípios de Baião, Cinfães e Marco de Canaveses, sem os quais seria impossível montar uma prova internacional como esta”.
Quanto ao futuro, Mário de Sousa promete que “vamos trabalhar para que, já em 2025, a prova tenha uma dimensão maior”, sendo claro que o clube organizador quer transformar esta Meia-Maratona Extreme Douro Verde numa “clássica” internacional da modalidade.